Desde há duas semanas (a última de férias e a primeira de trabalho) tenho insónias, assolam-me súbitas mudanças de humor, não me apetece comer nada de jeito (excepto chocolates, gelados e frutos secos), estou exausta, ansiosa, irritável, (basta que estejam dois carros à minha frente no semáforo e eu já me sinto numa fila de trânsito imensa e fico prestes a desfazer-me em lágrimas), tenho dores musculares generalizadas (a minha hipocondria até já me fez pensar numa hipotética fibromialgia), tenho dores de cabeça desde manhã e à noite chego a ter vómitos.
Estou doente, sinto-me doente de tristeza...
Pesquiso na net e descubro que os sintomas coincidem com o já estudado síndrome pós-férias que por esta altura do ano afecta cerca de 35% da população activa. Mas há grupos que são mais afectados do que os outros: as mulheres trabalhadoras com menos de 45 anos ( tal qual moi!!!). Aparentemente as mulheres têm mais dificuldade em regressar à rotina porque isso implica conciliar, de novo, as responsabilidades familiares e laborais. Quanto ao facto de estes problemas afectarem mais os trabalhadores com menos de 45 anos, isso acontece, porque é nesta idade que as pessoas têm mais expectativas sobre o tempo de lazer. Por isso, o regresso ao trabalho é mais doloroso. (E não sabem eles o quão doloroso é regressar ao meu em especial!!!)
Apesar de tudo, parece que o sofrimento não dura muito. Regra geral, a síndrome pós-férias não se prolonga por mais que uma ou duas semanas e é ultrapassado sem recurso a ajuda especializada.
Há deve ser isto que eu tenho... mas pelo sim, pelo não: é melhor ir ao médico!