28 de novembro de 2010

O frio.


O frio entristece-me. Enregela-me a alma, faz-me doer e corpo e sonhar com praias douras e mar azul. O frio enlouquece-me. Tira-me a paciência e a capacidade de ser para os outros. O frio dói-me. O frio mata-me devagarinho. Empurra-me para o sofá, senão para a cama, em prantos e agonias até que volte a nascer o sol e a temperatura chegue pelo menos aos 28º.

24 de novembro de 2010

Porque!

Primeiro levaram os judeus,
Mas não falei, por não ser judeu.
Depois, perseguiram os comunistas,
Nada disse então, por não ser comunista,
Em seguida, castigaram os sindicalistas
Decidi não falar, porque não sou sindicalista.
Mais tarde, foi a vez dos católicos,
Também me calei, por ser protestante.
Então, um dia, vieram buscar-me.
Mas, por essa altura, já não restava nenhuma voz,
Que, em meu nome, se fizesse ouvir.

Martin Nieme

On Strike!


20 de novembro de 2010

Li(nda)sboa

Lisboa hoje estava estranhamente vazia e bela. O sosssego faz-lhe bem.
A mim, também.

18 de novembro de 2010

Amanhã...

"Tenho os gostos mais simples. Contento-me com o melhor." Oscar Wilde

Assim, a manhã de amanhã vai ser no SPA. O almoço, a sós com o meu amor. A tarde, com um bom livro no sofá. O lanche, sozinha com o meu filho. O jantar, em família. E o serão com os amigos.
E pronto, poderá lá haver dia melhor?

(amanhã conto...)

11 de novembro de 2010

Adeus Amigo do Adeus

Fui

Ontem fomos ao concerto. Foi divertido, mas não foi fabuloso.
Embora passar o serão com a nossa irmã mais velha (ups, ela não vai gostar!!!) seja sempre fantástico.


Obrigada H.A. pelos bilhetinhos. Beijocas minhas e da mana.

10 de novembro de 2010

O Natal dos assaltados....

- Mãe, mãe a professora disse que é o menino Jesus é que dá as prendas de Natal, não é o Pai Natal, por isso não faz mal o Sócrates ter tirado o ordenado do Pai Natal.
- Filho, mas o Sócrates também roubou o mealheiro do menino Jesus!
-? Hó mãe????!!!!



(eu sei, eu sei, mas eu não me conformo em ficar sem parte do meu ordenado!)

8 de novembro de 2010

No Sábado

No sábado foi dia sem pai. [O pai foi trabalhar]. E nestes dias nós os dois temos programas muito próprios, [tal como são os deles nos dias em que não há mãe]. Começámos às 11.30h no cinema, com o maravilhoso maldisposto Gru, que amámos, aliás pelo qual me apaixonei perdidamente (adoro maus rapazes com coração de manteiga, ainda por cima filho de uma mãe castradora: um verdadeiro case-study freudiano). Ia seguir-se fast-food, mas o pai, que estava ali por perto, ligou a convidar-nos para almoçar no melhor rodízio da cidade e lá fomos encher a barriga de picanha, arroz, feijão e… salada [para a mãe]. De barriga cheia e com o sol a brilhar perguntei-lhe:"vamos para casa? ou queres ir ver como é uma manifestação?" Os olhos dele brilharam, o sorriso abriu-se: “o que é uma manifestação ?”, "É um mar de gente a lutar pelos seus direitos", disse-lhe. Corremos para o Metro, saímos no Marquês e lá estava o início da manifestação: as faixas, o ensaio das palavras de ordem, muitas pessoas ainda sentadas na relva ao sol, a música, a festa! Descemos pela lateral da Avenida a acompanhar um bocadinho aquela coisa mágica… Entrámos no metro da Avenida para voltar para o Campo Pequeno. Ele saltitava e cantarolava “CGTP – Unidade Sindical”. Disse-lhe que era melhor não repetir a cantilena ao pé do pai com os argumentos políticos mais simplificados que consegui, e que meteu o "pai é um chato conservador" e não aprecia estas coisas de manifestações (glup!) . Claro que quando o pai chegou, à noite, saltou-lhe para o colo a gritar que tinha ido a uma manifestação e tinha aprendido muitas coisas, que eu tinha dito para não lhe dizer. O pai olhou para mim e franziu a testa, eu arrebitei o nariz e disse afirmativa, antes de recolher, aristocraticamente, à sala: “o miúdo deve abrir horizontes, conhecer tudo, perceber a conjuntura, para entender o que se vai passar com o Pai Natal, a quem o Sócrates vai roubar o dinheiro dos brinquedos!”. Eles ficaram a rir à gargalhada e foram construir legos e eu voltei ao "D. Amélia" da Isabel Stilwell.