30 de setembro de 2011

O bom malandro

Foragido George Wright apanhado em Portugal através de chamada telefónica


As autoridades norte-americanas localizaram em Portugal o cidadão George Wright, procurado há 41 anos, depois de uma chamada telefónica deste para familiares nos EUA, revelou à agência Lusa fonte ligada ao processo.


Esta versão contraria as primeiras informações que indicavam que George Wright ou José Luís Jorge dos Santos, nome que consta no Bilhete de Identidade, teria sido capturado pela Polícia Judiciária através de uma impressão digital do cartão de cidadão.

A fonte disse à Lusa que as autoridades dos EUA já sabiam há algum tempo da localização do cidadão de origem norte-americana com nacionalidade portuguesa, que segunda-feira foi detido em Colares, Sintra.

No dia seguinte foi presente ao tribunal da Relação, onde reconheceu os factos constantes no processo de extradição e opôs-se a cumprir a restante pena de cadeia nos Estados Unidos. A mesma fonte adiantou que George Wright alegou que, caso fosse extraditado para cumprir a restante pena por homicídio, corria perigo de vida devido à sua ligação passada com o Exército de Libertação dos Negros.

George Wright nasceu nos Estados Unidos a 29 de março de 1943, mas depois de ter sido condenado pelo homicídio de um veterano da II Guerra Mundial a uma pena de 15 a 30 anos de cadeia, fugiu da prisão.

Posteriormente, e depois de ter desviado um avião para a Argélia e pedido um resgate de um milhão de dólares, juntamente com outros elementos do Exército de Libertação dos Negro, pede à Guiné Bissau asilo político, que lhe é concedido nos anos 1980 e assume uma nova identidade. Passa a chamar-se José Luís Jorge dos Santos.

Após vários anos a viajar entre a Guiné e Portugal, Jorge dos Santos, como era conhecido, apaixona-se por uma portuguesa e casa-se pelo registo civil em 1990 e por via do casamento obtém a nacionalidade portuguesa.

A mesma fonte garantiu à Lusa que José Luís Jorge dos Santos é um cidadão português de pleno direito e tem toda a documentação legal: bilhete de identidade, carta de condução, cartão de contribuinte, cartão de utente e cartão de eleitor.

Tais factos podem levar a que o cidadão possa requerer o cumprimento do resto da pena em Portugal, porque entretanto adquiriu a nacionalidade portuguesa e o Tribunal da Relação de Lisboa pode entender que vigora o princípio de não extradição de cidadãos nacionais.

George Wright, 68 anos, condenado por homicídio e procurado há 41 anos pelas autoridades dos EUA, foi detido na segunda-feira em Sintra pela PJ em cumprimento de um mandado de detenção internacional e encontra-se em prisão preventiva.

Vivia há cerca de 20 anos em Portugal com o nome de José Luís Jorge dos Santos, é casado com uma portuguesa e tem dois filhos de 24 e 26 anos.

George Wright foi condenado em 1962 a uma pena entre 15 e 30 anos por homicídio e fugiu da cadeia de Bayside, em Leesburg (Nova Jérsia), em 1970.

Dois anos mais tarde participou com vários cúmplices no desvio de um avião de uma companhia aérea norte-americana para a Argélia. Antes de se fixar em Portugal viveu ainda na Guiné-Bissau onde obteve asilo político.


Lusa


Esta história é apaixonante... e eu não resisto a um bom malandro.


Simpatizo com este homem, que lutou por uma causa, fugiu da cadeia e depois .... mudou de vida. Passaram 40 anos, e o Jorge foi apanhado, parece que os crimes e as condenações não prescreverem nos EUA (mas mais assustador, para mim, é como 40 anos depois ainda não tinham desistido da sua perseguição mantendo, pelos vistos, os telefones dos familiares sobre escuta... aqueles americanos são mesmo ... doidos! ). Mas sobretudo azar o do Jorge de não ter cometido todos os seus crimes em Portugal! Torço para que não seja extraditado.


(Eu sei, eu sei, que ele cometeu um homicídio, mas foi noutra vida, noutro enquadramento, noutras circunstâncias : o Jorge já não é o George.)

26 de setembro de 2011



Parabéns Catalunha, por compreenderes que os direitos dos animais são mais importantes que bárbaras tradições.

Imagens que marcam

Ando há uns meses, talvez um ano, a deixar crescer o meu cabelo, mas este fim-de-semana depois de ver a senhora secretária de estado dos EUA de bandolete e cabelo pingago, ... acho que vou cortar o meu....bem curtinho!

A ameça !

Querido Jardim, subscrevo a sua decisão. Por mim terá de imediato a sua tão desejada independência por total e absoluto acordo, depois de acertarmos as contas, é claro, como em qualquer processo civilizado de separação.




Vivam os movimento independentistas das regiões autónomas!





( Por acaso não seria mal pensando um referendo nacional sobre esta matéria. Acredito que o SIM, dos ilhéus e dos continentais seria esmagador, vamos a isso?)

23 de setembro de 2011

Shame on you!

Após 20 anos no corredor da morte, um acusado negro de matar um policial branco na Geórgia foi executado, apesar dos apelos do exterior. Caso é um dos mais polêmicos da história da pena de morte nos Estados Unidos.

Às 23h08 (horário local) desta quarta-feira (21/09), Troy Davis foi declarado morto. Depois de uma incomum longa deliberação, que provocou o atraso da execução em mais de quatro horas, a Suprema Corte dos Estados Unidos emitiu um comunicado em que rejeitou o pedido de suspensão da pena. Na prisão de Jackson, no estado da Geórgia, a injeção letal executou o afro-americano de 42 anos, preso há 20, acusado de ter assassinado o policial Mark MacPhail.
O caso causou polêmica devido à existência de sérias dúvidas quanto à autoria do crime, e se transformou num dos processos mais controversos dos Estados Unidos. Nem os apelos do ex-presidente norte-americano Jimmy Carter, ou do papa Bento 16 impediram que Davis fosse executado.
Nesta quinta-feira, a comunidade internacional reagiu. "Nós deploramos fortemente que os numerosos apelos de clemência não tenham sido considerados", declarou o ministério francês do Exterior. A França também ressaltou sua oposição à pena de morte "independentemente de onde ela aconteça e das circunstâncias".
A Anistia Internacional, que organizou uma grande campanha mundial contra a execução, considera que "este é um retrocesso enorme para os direitos humanos nos Estados Unidos, já que um homem foi condenado a partir de evidência duvidosa e executado pelo Estado", disse Salil Shetty, secretário-geral da organização. O diretor da Anistia Internacional, Harry Cox, afirmou que, em 30 anos de trabalho contra a pena de morte, ele ainda não viu uma condenação tão duvidosa.
O caso de Davis foi apresentado pela defesa como um típico cidadão negro condenado injustamente pela morte de um branco, e reabriu o debate sobre a aplicação da pena de morte nos Estados Unidos. Davis ouviu sua pena em 1991, dois anos depois do assassinato de MacPhail, em Savannah, na Geórgia.
Na época do crime, nove testemunhas acusaram Davis da autoria dos disparos, mas a arma nunca foi encontrada. Impressões digitais ou resquícios de DNA nunca foram detectados. No decorrer do processo, sete testemunhas voltaram atrás e mudaram seu depoimento – algumas chegaram a afirmar, inclusive, que foram forçadas por policiais a acusar Davis.
A execução do acusado foi adiada três vezes. Em 2008, o Supremo Tribunal havia concedido a suspensão temporária da pena e determinou uma audição no ano seguinte. No entanto, Davis não teria conseguido provar a sua inocência, disse um juiz federal à época.
Desde a reintrodução da pena de morte nos Estados Unidos, em 1976, o estado da Geórgia levou a cabo 51 execuções e apenas sete indultos foram concedidos. Davis foi a 35º pessoa executada no país neste ano. Dos 50 estados norte-americanos, 34 permitem pena de morte.
NP/dpa/afp/lusaRevisão: Roselaine Wandscheer



Quando li esta noticia tive aquele pensamento xenófebo do "só mesmo os americanos, povo mais estúpido, etc, etc... ainda bem que pertenço a esta boa cultura europeia, a este país, um dos primeiros a abolir a pena de morte, tarari, tararrá..." mas depois, já aqui, neste blog, bastou olhar para o post de 12 de Setembro para engolir em seco. Afinal, somos demasiados parecidos.... isto de ser pessoa é muito complexo.


Continuo assim envergonhada de pertencer à espécie humana.

Posso ser um et?

21 de setembro de 2011


Este país está tão deprimente que só nos resta ... a nossa auto-estima e fechar a boca para evitar compensar tanta frustração com chocolates e afins.

12 de setembro de 2011

Shame on you!

Morte ilegal de touro em Monsaraz

A população de Monsaraz, em Reguengos de Monsaraz, voltou ontem a cumprir a tradição ao matar o último touro lidado na novilhada popular, apesar de proibida pela Inspecção-Geral das Actividades Culturais.
CM, 11 Setembro 2011




Que raio de povo somos nós? Que cultura é esta? Que povo é este? Onde homens (?) amarram um bicho a uma parede o cobrem com um pano e o matam.

Ó "valentes" senhores aí dessas terras, querem mesmo ser homens e matar um toiro, pois muito bem, sejam valentes: um toiro em pontas, uma praça aberta, uma luta verdadeira e que vença o melhor.

Agora assim? É bárbaro e revoltante, seus...(nem encontro adjectivo à altura, sob pena de ofender quem quer que se compare a estas gentes).


E as forças da ordem, não servem para nada? Assobiam para o lado e até acham graça?!

Andamos a pagar impostos para quê?

7 de setembro de 2011

O MINISTRO





















Estou seriamente preocupada com este Ministro, em apenas 9/10 semanas envelheceu quase o proporcional em anos. Deduzo assim, que o estado das contas de Estado é muito mais dramático do que lhe é permitido dizer....


Ai, ai ... eu "nova" rica (pelas contas do senhor Ministro) gostava de ajudar ... mas com tanto corte feito no salário mais os impostos que se anunciam já não tenho margem de manobra.


Sobra o conselho de o senhor descansar uns dias, eu não digo num SPA, que a vida não está para isso, mas fique em casa a ver o Goucha, a Júlia e a Fátima ... (nada de ler dossiers e atender telefonemas da troika) e para os papos nos olhos umas rodelas de pepino ajudam a descongestionar, e não é caro ...