Este vídeo demonstra bem quem somos, mas no nosso pior.
Mostra como funcionamos [subliminarmente] nesta coisa dos amigalhaços e dos favorezinhos, a mensagem geral é: “eu ajudei-te agora tu fazes o favor de me ajudar” na muito nacional prática da cunha e do amiguismo, seguindo o luso ditado “uma mão lava a outra e as duas lavam a cara”.
Isto é triste, comezinho, para não dizer indelicado! Quando se ajuda é suposto que se faça desinteressadamente e é muito deselegante atirar à cara do ajudado aquilo que se lhe fez, e muito menos pedir o seu estorno.
Por outro lado, uma coisa é ajudar quem foi assolado por uma guerra, uma catástrofe natural, algo que não se escolheu e que não se pode controlar, outra é pedir ajuda porque se andou a gastar mais do que se tinha.
Importava mudar de carro de dois em dois anos, Cancun em TI (em regime tudo incluído) era [e é] o destino de férias ideal, três telemóveis eram [e são] essenciais para se estar contactável em todos os operadores, para além de comprar o apartamento da cidade não se podia viver sem comprar uma casinha de fim-de-semana na praia, mais um barquinho para as voltas no rio ou na barragem.
Paralelamente, conseguimos transformar fundos comunitários para o desenvolvimento em montes alentejanos e piscinas e a juntar ao ramalhete escolhemos (salva seja!!! que não tenho nada com isso) uns incompetentes para nos governar.
Face ao que somos, temos que reconhecer que o princípio mais aceitável até é o que nós usamos no nosso dia-a-dia quando um pobre se nos dirige a pedir: se for comida, com mais ou menos vontade, até lha podemos pagar, mas se nos vem pedir dinheiro para drogas ou tabaco então dizemos-lhe que vá ali dar uma voltinha que a vida está má e que não se alimentam vícios.
Face ao que somos, temos que reconhecer que o princípio mais aceitável até é o que nós usamos no nosso dia-a-dia quando um pobre se nos dirige a pedir: se for comida, com mais ou menos vontade, até lha podemos pagar, mas se nos vem pedir dinheiro para drogas ou tabaco então dizemos-lhe que vá ali dar uma voltinha que a vida está má e que não se alimentam vícios.
Ora, parece-me a mim que os Finlandeses acham justamente que nós estamos a pedir dinheiro para alimentar os nossos pequenos grandes vícios, ou pelo menos para pagar os que tivemos durante os últimos anos, e eu cá, em consciência, também não emprestava!
1 comentário:
E aceitar que somos assim, uns pedinchas para o vício, pelo que nenhum país tem a obrigação de nos emprestar dinheiro? Hilariante, o título de uma notícia que vi num telejornal: "ensinámos os ingleses a tomar chá e agora não nos querem emprestar dinheiro". Isto tem classificação, para mais vindo de um jornalista?
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