Ontem a mensagem que não queria receber chegou agrafado ao caderno dos recados do Colégio. Já há dois meninos infectados e mais de dez sob suspeita. Fiquei parada a olhar aquelas letras tão negras, à espera da onda de medo, que não chegou, mas que rapidamente se transformou num pranto de desespero e impotência. Só me apetecia enfiar no carro e partir com ele para o isolamento da casa da montanha, enfiarmo-nos naquela bolha segura de uma aldeia deserta, qual útero materno, e ficar lá, no meio da floresta, até a coisa passar. Racionalmente sei que não é possível, a vida chama por nós: o emprego, as reuniões, os congressos, as aulas, e claro os famosos objectivos do SIADAP para superar milimetricamente. Ainda assim, hoje não o consegui mandar para o colégio, (eu sei que é apenas adiar um problema), mas não consegui enfrentar a mera hipótese da possibilidade daquela roleta russa, da qual nada se sabe objectivamente. Ontem à noite fez-se a mochila, percorremos 50 km e até sexta-feira ele vai estar no miminho seguro dos avós…para a semana logo volto a tremer, e a pôr-lhe a mão na testa de cinco em cinco minutos!
2 comentários:
Please CALMA!!! Um ABRAÇO do tamanho do mundo que é a unica coisa que te posso fazer neste momento!!!
Obrigada mana, é bom saber que estás aí!... ainda que do outro lado do oceano!
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