20 de março de 2012

Não gostei...

Depois de 2 meses dentro da minha carteira a prescrição ontem viu a luz do dia.

Capitulei.

Hoje as letras voltam a ser maiores, já não dançam em frente ao meu nariz, voltaram a caber numa linha perfeita...

Hoje pela primeira vez usei óculos graduados!

Hoje compreendi como o envelhecimento è um processo inexorável.

Não gostei!

19 de março de 2012

19 Março

Fico sempre enternecida quando os vejo aos dois entre legos, meccanos e ferramentas a sério.
E também, quando mexem na terra dos vasos de terraço ou quando adormecem juntos no sofá a ver futebol. E até mesmo, quando ficam os dois a bater o pé à porta das lojas de roupa dos centros comercias, onde eu não consigo comprar nada com tanta pressão.
Adoro vê-los juntos.
Tão iguais e tão diferentes, como só pai e filho podem ser.
E comovo-me com o pai que ele é.
Ele, orfão desde tão pequeno, que aprendeu a ser pai sozinho, sem modelos, sem referências.



E orgulho-me de mim, porque consegui dar ao meu filho um pai.

14 de março de 2012

RTP Vs GFK

Já não aguento a luta da RTP contra a GFK.
Eles podem ter toda a razão [para a qual me borrifo completamente!!], a empresa pode ser uma bosta, o painel pode estar mal desenhado, podem existir milhares de problemas técnicos, a escolha pode ter sido viciada, mas usar os seus programas, nomeadamente o telejornal, para defender causa própria é de uma falta de ética....monstruosa!

Ainda bem que existem os canais do cabo!

12 de março de 2012

post-it

sinto culpa por não passar  aqui mais vezes.
agora o tempo escasseia.
agora que estou mais feliz.

8 de março de 2012

8 de Março

Gosto da força que temos, e que é amaciada por uma imensa sensibilidade;

gosto do pragmatismo que nos move, que nos faz ter esta capacidade de ter os pés na terra e de mover o mundo;
gosto quando argumentamos com base na emoção, sabendo que esta é tão legítima e importante como a mais elaborada estrutura racional;
gosto da ternura que imprimimos nas nossa relações, sa...bendo-nos capazes das mais radicais e cortantes decisões;
gosto da importância que damos aos detalhes, da forma como iluminamos os dias;
gosto do nosso instinto de sobrevivência, que nos faz bravas e duras;
gosto da maciez da nossa pele e dos contornos doces do nosso corpo;
gosto porque temos coragem de virar a mesa e de não fingir que tudo está bem;
gosto do modo como nos damos, como queremos tanto construir terreno comum;
gosto da sensação indescritível de se ter dentro de nós os filhos que desejamos;
gosto da forma inadiável como ficamos para sempre ligadas a alguém, presas à terra, a partir do momento que somos mães;
gosto porque sabemos muitas coisas antes, porque quase que as adivinhamos, embora isso só aconteça porque pensamos muito, e de forma profunda, em tudo o que fazemos;
gosto porque somos múltiplas, várias, caleidoscópicas, fascinantes.
Gosto quando vivemos a fundo a generosidade impressa na nossa condição e quando não jogamos jogo nenhum, que não o de ser feliz e o de fazer feliz.

Gosto muito, muito de ser mulher.



Guta Moura Guedes.