28 de fevereiro de 2010

Ontem!



Este blog fez ontem 3 anos, e eu nem me lembrei!

A chuva leva-me a alma, a memória e a paciência.

Vamos?


Vamos partir para um sítio com sol?
Vamos ter uma aventura num planeta em que a natureza não esteja zangada?
Vamos de coração aberto e com olhos de criança?
Vamos?
[estou tão cansada deste quotidiano húmido e gelado!]

24 de fevereiro de 2010

Para a Madeira, com amor.

Há pessoas a quem o inusitado paralisa, há outras que tomam verdadeiras doses de adrenalina e depois há …o Alberto. O homem que deu uma entrevista onde até parecia um político da república (esta expressão enerva-me, então as regiões autónomas são monarquias?) a dizer que está tudo esquecido e que o senhor primeiro-ministro é um amigo e o que lá vai, lá foi… (suspendo a respiração e penso que desta é que enlouqueceu, ou melhor, ficou normal) mas eis que no fim da entrevista se vira furiosamente contra os “verdes”, porque afinal as pedras rolaram levadas abaixo pois o raio daquela rapaziada não as deixou tirar de lá, e se não tivera mandado desviar as ribeiras dos seus leitos naturais a desgraça teria sido maior, e guinchou, e espumou e voltou ao seu normal (e eu voltei a respirar -porque ele voltou ao normal, e se ele voltou tudo voltará- ainda que com o coração apertado de assistir horrorizada aquelas imagens brutais).
Mas voltando ao homem, reconheço que se tem mostrado um bom organizador (dentro do género): o homem põe toda a gente a trabalhar 24 sobre 24 horas e com contratos firmados na palavra, o homem não hesita em decidir fazer mais um túnel e um bairro de 25 ou 26 casas, para já, e sem discussão (como se a coisa fosse tão fácil como ir beber uma poncha no bar da esquina), porque afinal o homem não está para andar ao estalo com a natureza (adorei esta imagem brilhante produzida pelo homem).

O homem é sui generis, mas eu até consigo perceber porque é que os madeirenses o reelegem: o raio do homem não tem medo de tomar decisões, (como se o financiamento fosse coisa de menor importância), há nele uma virilidade atroz!
E tal como todo o pessoal desta "républica continental" quero lá ir, em Abril, para a festa da Flor!

14 de fevereiro de 2010

6 anos de um amor maior


Faz hoje 6 anos que te ouvi chorar pela primeira vez, ainda dentro da mim, quando a Paula com gestos meigos mas assertivos te colocava em melhor posição para te retirar da minha barriga aberta num sorriso metálico.
Faz hoje 6 anos que eu e o pai (e toda a equipa que estava no bloco) te escolhemos o nome no preciso instante em que te pousaram sobre o meu peito.
Faz hoje 6 anos que todos os médicos da sala ficaram à espera que o pai desmaiasse e ele, em vez disso, fez a mais bonita reportagem fotográfica da sua vida.
Faz hoje 6 anos que me apaixonei por ti!

12 de fevereiro de 2010

Desinteligência!


Palermas, palermas, palermas...


Então a chuva nunca mais acaba e este gajos põe uma providência cautelar ao SOL!

10 de fevereiro de 2010

Se fosse eu!



Eu sei que sou persistente, convencida, assertiva... teimosa que nem uma mula.
Mas, se pusessem constante e publicamente em causa o meu carácter, afirmando que eu tinha tirado a minha licenciatura por fax, ao fim-de-semana, que andava metida, com a minha família, em negociatas com estrangeiros e construtores civis, que era uma mentirosa e uma manipuladora e, ainda por cima, quase uma fascista pidesca que "eliminava" aqueles que não gostavam de mim e o diziam publicamente.
Se a juntar a tudo isso, ainda andassem por aí a mostrar os meus projecto antigos, de quando eu não sabia fazer nada. Juro que se fosse tudo falso, mentira, não conseguiria aguentar tanta pressão, tanta injustiça, tanto desamor, e já tinha emigrado (talvez para a Bélgica), porque esta gentalha tacanha não me mereceria.
Agora, se as acusações fossem verdadeiras... a decisão seria difícil...talvez o primeiro instinto fosse o da sobrevivência, o da negação, o de assobiar para o ar e tentar manter-me à tona, se necessário talvez vitimizar-me, mas consciente que para aguentar teria de conspirar cada vez mais o que aumentaria a minha fragilidade mascarada de força...
Mas isto sou eu a falar, é claro.
Cada um sabe de si.

9 de fevereiro de 2010

Não quero um problema [2]



Senhores do poder, porque não quero um novo problema (já me chega o das vírgulas), na quinta-feira lá estarei, de branco, nas escadas da AR.

Não é por nada, mas não gosto de ver palavras ,escritas ou ditas, esborratadas a azul!



Tenho um problema [1]


Clara e definitivamente aceite: tenho um problema com (de) vírgulas!

Depois de 8 horas a corrigir a tese, onde sobretudo faltam vírgulas, assumo e penitencio-me pela questão.


Vou ter de ler (de novo) a obra de Saramago para ver se desta aprendo!

1 de fevereiro de 2010

Olhos d'água


Foi na sexta para casa dos avós porque sábado era dia de grande barafunda com a mudança da “montra” da sala (adorei esta terminologia do pessoal da vidroforense). Ontem fomos buscá-lo. Vem sempre de beicinho, aliás há um ano, ano e meio, chorava baba e ranho o caminho todo até Lisboa, queria voltar para trás. Mas ontem deu-nos abraços apertados quando chegámos, veio pelo caminho conversador e com um sorriso nos lábios e antes de ir para a cama veio ter comigo à cozinha, agarrou-se-me às pernas com os olhos marejados de lágrimas. Pus-me de joelhos a imaginar que o drama era o do costume, as saudades do miminho da avó. Mas não, disse-me que tinha vontade de chorar porque estava muito feliz por estar de novo em casa, connosco. Mordi o lábio para não ficar eu a chorar. Fui pô-lo na cama e ler uma história, dei-lhe milhões de beijos e depois fui ao escritório para contar ao pai, como o nosso menino está crescido, e desatei num pranto.