24 de fevereiro de 2010

Para a Madeira, com amor.

Há pessoas a quem o inusitado paralisa, há outras que tomam verdadeiras doses de adrenalina e depois há …o Alberto. O homem que deu uma entrevista onde até parecia um político da república (esta expressão enerva-me, então as regiões autónomas são monarquias?) a dizer que está tudo esquecido e que o senhor primeiro-ministro é um amigo e o que lá vai, lá foi… (suspendo a respiração e penso que desta é que enlouqueceu, ou melhor, ficou normal) mas eis que no fim da entrevista se vira furiosamente contra os “verdes”, porque afinal as pedras rolaram levadas abaixo pois o raio daquela rapaziada não as deixou tirar de lá, e se não tivera mandado desviar as ribeiras dos seus leitos naturais a desgraça teria sido maior, e guinchou, e espumou e voltou ao seu normal (e eu voltei a respirar -porque ele voltou ao normal, e se ele voltou tudo voltará- ainda que com o coração apertado de assistir horrorizada aquelas imagens brutais).
Mas voltando ao homem, reconheço que se tem mostrado um bom organizador (dentro do género): o homem põe toda a gente a trabalhar 24 sobre 24 horas e com contratos firmados na palavra, o homem não hesita em decidir fazer mais um túnel e um bairro de 25 ou 26 casas, para já, e sem discussão (como se a coisa fosse tão fácil como ir beber uma poncha no bar da esquina), porque afinal o homem não está para andar ao estalo com a natureza (adorei esta imagem brilhante produzida pelo homem).

O homem é sui generis, mas eu até consigo perceber porque é que os madeirenses o reelegem: o raio do homem não tem medo de tomar decisões, (como se o financiamento fosse coisa de menor importância), há nele uma virilidade atroz!
E tal como todo o pessoal desta "républica continental" quero lá ir, em Abril, para a festa da Flor!

2 comentários:

kristina disse...

Há coisas que nunca mudam nem nos piores momentos!
Eu tb pensei o mesmo pensei que tivesse a ter uma visão mas não estou sã :)

leitanita disse...

Não consigo suportar o homem. Mas o drama atingiu-me a frio no meio da viagem e fiquei um pouco afectada. É sempre triste a desgraça.