28 de novembro de 2009

Obrigada José

Não gosto de frio, nem de chuva, nem de dias pequenos.
Diariamente reclamo, maldigo estes dias, pelas saudades que sinto do verão, do calor, das noites longas e da areia nos pés.

Só me concilio com o inverno, nas tardes de fim-de-semana, onde uma manta me aquece como o sol, o sofá se torna na melhor esperguiçadeira de uma praia tropical e um livro me leva para outras dimensões. Hoje, ignorei os afazeres e tive uma dessas tardes sublimes, na companhia fascinante de Caim, o homem que fala de nós, da nossa pequenez e da nossa ignorante fuga aos afectos mais puros.



Obrigada José, por esta tarde.

24 de novembro de 2009

O Porto

Que raio de hotel é este que não tem a SIC Mulher!!! E agora como é que adormeço sem ver a Tyra e o seu america's next top model, ou sem a milionésima repetição de um querido mudei a casa?Como?

Quero voltar para casa, já!

22 de novembro de 2009

18.11


O bolo.
Eu sei, eu sei, é muito foleiro! Foi o puto que o escolheu!
Mas era, tãoooo bommm!!!!

19 de novembro de 2009

18.11

Hoje o dia foi meu.
Todinho meu.
E agora, ano novo. E será que vem aí vida nova?

17 de novembro de 2009

A Lista

Pedem-me a lista.
Há dias que penso nisso: "O que é que quero no meu aniversário?"
Mas tudo o que realmente quero não é materialmente oferecível por amigos dedicados.
O que eu quero ou não tem preço, ou é tão ilusoriamente caro que ninguém me poderia oferecer.

Já não peço botas, perfumes, casacos, carteiras, livros, cd’s, bijutaria, ou mesmo aquelas peças de joalharia pelas quais me apaixono. Felizmente (vantagens da idade) já estou numa altura da vida em que as compro quando preciso ou me apetece.

O que eu queria, era viver todo o ano ao sol, numas férias sem fim, de bikini vestido e havaiana no pé, a vê-lo correr para as ondas de prancha na mão, e namorar com o pai dele ao pôr do sol a debicar mariscos entre beijos.

O que eu queria mesmo, era que os olhos dele nunca brilhassem de febre, nem o seu peito pequenino se curvasse de tosse.

O que eu queria mesmo, mesmo, mesmo, era ser capaz de descobrir o segredo de ser feliz todos os dias e viver o tempo suficiente para o ver crescer saudável e equilibrado!

13 de novembro de 2009

Os segredos...



Este tem sido o ano de todos os estudos: foi o concurso interno, é o mestrado, e agora este manual. Mas este, vou decorar "de cabo a rabo" e tentar exercicíos práticos. De todos os estudos (mesmo tendo passado no concurso) este será certamente o que me poderá trazer efectiva mais valia!

10 de novembro de 2009

Há 20 anos...

Há 20 anos inundavam-me os olhos gordas lágrimas de emoção por ver aquele muro cair.
Há 20 anos estava sozinha nesta comoção de liberdade.
Há 20 anos vivia num outro mundo, rodeada também por um muro, construído por mim, sustentado em equívocos meus, sobre uma paixão devastadora, um amor eterno.
Em 9 de Novembro de 1989, faltavam justamente 9 dias para o meu primeiro casamento.

Só consegui derrubar o meu muro em 1996, em Abril, o supremo mês da liberdade. E no ano seguinte fui até às ruínas daquele muro original comemorar a minha vitória.

E que me desculpe a história, mas a emoção da minha liberdade foi mais intensa que a vivida com a queda daquela muro, que ao cair ali naquele dia, na minha televisão, certamente me sussurrou que deveria também libertar-me do meu. Mas naquele tempo eu tinha a obstinação dos 20 anos e ainda não acreditava em coincidências

9 de novembro de 2009

O puto



Ontem há tarde, na garagem, o puto começou a andar de bicicleta sem as rodinhas laterias. Parecia um rapaz crescido a fazer cabriolices na sua bike!
O pai aplaudiu, gritou, comemorou, a mim caíram-me umas lágrimas malandras: porque ele conseguiu, porque ele está a crescer (depressa demais, acho eu!), porque cada vez é mais autónomo .... porque o meu bebé é cada vez mais uma fantasia.

Raios, qualquer dia saí de casa com uma doida qualquer!

4 de novembro de 2009

31 de Outubro



Há 6 anos eles disseram-que sim, num fim de tarde chuvoso. Não trocaram alianças, ela não se vestiu de branco, ele não pôs gravata, (cada um deles já tinha cumprido anteriormente, com outros, esses chatos rituais sociais) apenas formalizaram o afecto, porque o que os uniria para a vida estava hà 4 meses dentro dela, o filho de ambos. Em noite de bruxas, certamente por elas abençoados, celebraram a sua união à beira mar com aqueles de quem gostavam e não com os que mandavam as convenções. Ainda hoje são assim: diferentes mas seguros, litigantes mas confiantes, discordantes mas inseparáveis, exactamente porque sabem que a sua relação assenta na profunda paixão pela liberdade: ficar ou partir é sempre uma escolha, com custos é certo, e porque ambos já lhes conhecem os percursos, a escolha ainda continua a ser ficar.




Nota: este post deveria ter sido publicado no sábado, mas o bloguer não ajudou...

O recado

Ontem a mensagem que não queria receber chegou agrafado ao caderno dos recados do Colégio. Já há dois meninos infectados e mais de dez sob suspeita. Fiquei parada a olhar aquelas letras tão negras, à espera da onda de medo, que não chegou, mas que rapidamente se transformou num pranto de desespero e impotência. Só me apetecia enfiar no carro e partir com ele para o isolamento da casa da montanha, enfiarmo-nos naquela bolha segura de uma aldeia deserta, qual útero materno, e ficar lá, no meio da floresta, até a coisa passar. Racionalmente sei que não é possível, a vida chama por nós: o emprego, as reuniões, os congressos, as aulas, e claro os famosos objectivos do SIADAP para superar milimetricamente. Ainda assim, hoje não o consegui mandar para o colégio, (eu sei que é apenas adiar um problema), mas não consegui enfrentar a mera hipótese da possibilidade daquela roleta russa, da qual nada se sabe objectivamente. Ontem à noite fez-se a mochila, percorremos 50 km e até sexta-feira ele vai estar no miminho seguro dos avós…para a semana logo volto a tremer, e a pôr-lhe a mão na testa de cinco em cinco minutos!