31 de dezembro de 2008

Votos para 2009



Que todos os que amo permaneçam saudáveis e felizes junto de mim.

Que eu reúna calma e sabedoria suficientes para não ter um ataque de nervos com a dissertação do mestrado, o concurso de progressão na carreira, as aulas, o filho, o emprego, três actos eleitorais e afins...

[Se 2008 foi um tédio, 2009 promete uma grande animação!]

Assim, que eu tenha energia suficiente para o ano que se aproxima.


Que eu cresça espiritualmente...


Que eu sobreviva!

29 de dezembro de 2008

Depois...


Depois deste fim-de-semana imenso… regresso ao trabalho.
Beberico chá a escaldar, abro os mails pendurados e “desfolho”, na net, os jornais…
Fico parada no CM: homicídios, potenciais homicídios e duvidosos suicídios…

Reparo que durante todos estes dias li (talvez) o Público de dia 26… Os livros novos ocuparam toda a minha atenção.

A TV esteve simplesmente desligada ou ocupada com dvd´s infantis.

Nestes dias, vivemos na nossa bolha segura, onde os vizinhos ainda trocam presentes, a mesa permanece eternamente posta, e a campainha toca amíude com amigos, primos emprestados e tios adoptados para visitas sem pressa nem horas.
Vou buscar mais chá, mudo de jornal… e… afinal parece que o país e o mundo permanecem mais ou menos na mesma…

26 de dezembro de 2008

Repito-me a cada Natal

O espanto dos teus olhos enchem-me de ternura.
As gargalhadas cheias e soltas inundam-me de amor.
Olho-te e enterneço-me com a credulidade e a surpresa que manifestas em cada instante perante cada um dos embrulhos que correspondem a cada um dos teus sonhos.
Mergulhamos em papéis coloridos, fazemos batalhas de laços, besuntamo-nos de mousse de chocolate.
Sem dúvida, o Natal é das crianças que acreditam na suprema magia, como tu …
e eu.

22 de dezembro de 2008

Mensagens


Esta foi a mensagem de Natal mais bonita que recebi (do Centro de Estudos para a Intervenção Social). Aqui fica.

19 de dezembro de 2008

Dúvida


Vou às compras, ou não?

Aí vida ! III

Gosto de gente corajosa, desabrida, temerária.
Gosto de poetas.
Gosto dos que (ainda) vivem sem medo.

Em tempo de desejos e de sonhos, peço que para além do visível (im)perfeito consigamos todos ser audazes como os poetas.

Que bela noite.

15 de dezembro de 2008

Aí vida! II

Hoje, sonhei com sapatos... não, não eram lindos de morrer, não, não eram de marca com preço proibitivo.
Eram uns sapatos escuros, gastos, velhos, bem usados, mas eram mágicos... voavam... em direcção a todos aqueles que mereciam umas belas sapatadas...
E, no meu sonho acertavam sempre naqueles que as mereciam...

Hoje, acordei de alma lavada!

9 de dezembro de 2008

Aí vida! I

Como sobreviver depois de um final de mês com o salário adequado e dois fins-de-semana com o tamanho certo?

5 de dezembro de 2008

Dúvidas de Agenda

Caro Ex. mº Senhor PM,

Hoje é dia de chamar jornalistas para anunciar medidas, chamar jornalistas para anunciar protocolos, chamar jornalistas para a assinatura dos protocolos, chamar jornalistas para anunciar mais medidas, chamar jornalistas para anunciar mais protocolos, chamar jornalistas para mais uma cerimónia pública e solene para firmar mais uns, ou vamos trabalhar?


Nota: e por favor, seria possível V. Exa. chegar com um pouco menos de atraso às cerimónias? É que os jornalistas começam a refilar, dizem ter mais do que fazer, e já parecem estar a ficar um bocadinho fartos das nossas cerimónias anunciadoras, até os dos órgãos que controlamos já começam a fazer cara feia ...

Os Seus Devotos Assessores

3 de dezembro de 2008

03.12



Hoje, é dia de discursos, de comemorações e de boas intenções...



26 de novembro de 2008

Fora de época

Este ano o Natal começou em Setembro, ainda eu andava de t-shirt e a criança usava panamá para o sol da tarde no jardim, quando montavam já umas pobres e mirradinhas iluminações nas ruas do meu bairro.

Em Outubro, com a chegada da manga comprida e das castanhas assadas, as lojas perderam os medos e a vergonha e encheram as montras de propostas de presentes e de promoções pré-natalícias, as pastelarias atulharam-se de bolo-rei e filhós e os centros comerciais começaram logo, logo, a engalanar-se com as suas pujantes decorações e a inundar-nos os ouvidos com roufenhas e gastas músicas natalícias.

Os catálogos das lojas de brinquedos chegaram todos à caixa do correio ainda Novembro começava, os canais de televisão para miúdos (desculpem mas não sei como vão as coisas nos generalistas porque lá em casa não se vêem) ocupam, neste momento, mais tempo com publicidade a brinquedos aberrantes, como bonecas que têm febre, cães que fazem xixi e super-heróis que cantam e dançam modinhas antigas, mais uns tontos assustadores do werstling e uns carros que se transforma em monstros (ou o seu contrário, confesso que não consigo perceber), do que com desenhos animados. Até a árvore da cidade, este ano a árvore ZON, já acendeu as suas luzes, com pompa, circunstância e muito fogo de artifício (o que pôs os cães da vizinhança a ladra por uma boa meia hora) a 22 de Novembro.

Esta precipitação natalícia incomoda-me, enerva-me, irrita-me, altera o tempo das coisas, inverte a ordem e os papéis, cria ansiedades desnecessárias, traz a sensação de que já estamos atrasados para a festa, quando a festa ainda demora.
Sobretudo, traz consigo memórias do que não gosto: prolonga o frio, os dias pequenos, lembra que chega o Inverno, a gripe, a chuva e a tosse, anuncia que o Verão, a praia, as férias e os dias sem fim, vão demorar a chegar. Recuso-me a acompanhar esta onda de Natal fora de época, que lembra a fruta importada, muito bonita mas sensaborona.

Para mim, o Natal só começa no dia um de Dezembro com a nossa árvore armada, a muitas mãos, ao pé janela da sala e arrasta-se lentamente até seis de Janeiro do próximo ano quando já existe o alento do tudo de bom que um novo ano pode trazer. Pelo meio acontecerão, certamente, irritações e zangas, compras de última hora, convidados surpresa, festas, abraços e gargalhadas, presentes e doces, e claro, as familiares, eternas e imprescindíveis discussões sobre política em torno da mesa da sala de jantar, que fica posta dias a fio.

Este é o Natal de que me lembro desde sempre, o Natal do fim de Dezembro, o que demora a chegar…e é este o que quero preservar, na memória e na vida.

21 de novembro de 2008


- Senhora séria e bem apessoada aceita casar com banqueiro, para divorcio rápido afim de ficar com todos os bens em seu nome após o mesmo. Condições a combinar.


- Jovem universitária oferece-se para ser adoptada por Autarcas (preferência), gestores de empresas municipais, gestores de empresas públicas ou mesmo privadas, permitindo ser primeira (ou única) titular de contas bancárias em offshores. Condições a combinar.



- Mulher despachada aceita engolir sapos e elefantes em entrevistas e conferências de imprensa de Ministras burras e teimosas que têm de dar o dito por não dito devido ao período legislativo que se aproxima. Condições a combinar.


19 de novembro de 2008

18 de novembro de 2008

18.11


Hoje o dia é meu... todinho meu!

16 de novembro de 2008

A escola

Ontem à noite (depois de um seminário na faculdade), quando regressava a casa, com a cabeça a latejar, o peso do mundo às costas, e o peito apertado com a pergunta “porque é que me meti nisto?”, ouvi uma vozinha vinda do quarto dele: “Mãe, és tu? Já chegaste da escola primária?”.

14 de novembro de 2008

Emissão Especial

Ontem, no regresso a casa, como de costume os meus companheiros radiofónicos eram a Teresa e o Aurélio do RCP.
Ontem a emissão foi diferente, estiveram sempre vendados em estúdio a experimentar a sensação da cegueira, porque a emissão era dedicada à estreia do filme realizado pelo Fernando Meirelles sobre o "Ensaio sobre a Cegueira" . No meio de todo aquele semi-caos condicionado pela alteração temporária dos seus referencias sensoriais tiveram uma fascinante surpresa . Tão surpreendente que nos emocionou a todos, a eles no estúdio e a mim no carro. O José Saramago é brilhante, lúcida e afectivamente inteligente.
Há lágrimas e fungadelas que sabem bem.
Obrigada.

12 de novembro de 2008

Maneis, os melhores amigos

Não, a minha boca não se abriu de espanto ao ver o noticiário. Não, não fiquei arrepiada por mais que o L. clamasse contra as amigalhices dos gajos do Governo. Digamos que… até achei normal. Então o Pinho da Economia escolhe o seu grande amigo Sebastião (que até o substitui em grandes negócios para os quais tem uma procuração), para a Autoridade da Concorrência, e depois?
Pensem bem, se fossem, ainda que por momentos, Ministros ou assim, não escolheriam para os cargos importantes os vossos amigos mais queridos, sendo que ainda por cima poderiam ter estudado na universidade do futuro presidente dos EUA(?) (Que raio de argumento este Ministro sem argumentos foi utilizar? Ou homem é apalermado ou julga que somos parvos? Isto é que me irritou! A parvoíce irrita-me sempre! Muito mais que a corrupção, que essa acredito que é um traço genético nacional!)

Pois eu, se fora Primeira-Ministra (sim, que não consigo pensar menos que isso...) o mais certo seria escolher aqueles que conheço e aqueles em quem confio para encabeçar os meus Ministérios e eles certamente fariam o mesmo com as suas Secretarias de Estado, e todos assim, segundo o mesmo princípio das amizades e dos conhecimentos, por aí abaixo.

Ora bem, a minha querida comadre, de caras, ficava com a Saúde, com aquele sorriso e aquela capacidade de seduzir médicos e pessoal de enfermagem a coisa ficava logo resolvida, ao S. com quem partilho o gabinete e me salva das aflições do Excel, e dos orçamentos e dos apuramentos estatísticos dava a Economia e/ou Finanças, ou as duas, sei lá, que esses assuntos nunca me interessam, a F. a jurista cá da sala, aplicada, diligente e competente, ainda que use termos como controvertido, em vez de um simples controverso, ficava com a Justiça, a minha amiga C. ia direitinha para a Educação, tantos anos de experiência no ensino especial haviam de por aquele Ministério a funcionar, para a reabilitação, que deixaria de ser uma Secretaria de Estado e passava a Ministério só podia ir minha amiga MH (e este seria certamente o Ministério mais divertido e alucinado do meu Governo); o K. ficava com o Desporto e assim podia erradicar os árbitros que insulta e vingar-se de todos os dirigentes desportivos que lhe escolheram sempre mal os treinadores da sua equipa de eleição; o meu querido L. (pai do meu filho) ficava com a tutela da comunicação social, o que talvez fosse bom porque havia de proibir que dissessem mal do meu Governo, e a lista continuaria entre amigos e conhecidos…

Aliás, ao deitar o puto, resolvi testar a minha teoria dos genes para convidar amigalhaços para o Governo e perguntei-lhe “ se mandasses num país, se fosses o rei de um reino muito distante, onde tinha muitas coisas para fazer, a quem é que pedias ajuda?” a resposta foi pronta: “à mãe, ao pai, à avó e ao Action Man!”. Boa ideia, não há como consultar os próximos nesta coisa de constituir Governos…pois claro, no meu Governo faltava o Action Man, que devia ir direitinho para Ministro da Administração Interna!

E pronto! Governo formado, amigos e conhecidos satisfeitos. E a ética?
Ora a ética… a ética que fosse dar uma volta… talvez com a estética…

A lista

A lista para dia 18 continua a mesma de 2007.

10 de novembro de 2008

Amuo

Hoje não estou para conversas!
Ele é mais arrumações, aqui! E nos (im)perfeitos amores!

6 de novembro de 2008

Os mal ditos


Ele há coisas que nos assolam o pensamento que não devem ser verbalizadas. Aprendemos este facto no convívio social e desde a mais tenra idade.
Quantas vezes não se levantou um sobrolho ameaçador, não levámos um tabefe ou um empurrão, ou ouvimos um pigarrear mais veemente por dizermos de forma inconveniente a nossa abrupta, mas verdadeira, opinião...·
Pois é, há coisas que são para pensar e calar, ou pelo menos para processar antes que nos saiam de chofre pela boca fora, sobretudo se o nosso discurso tem visibilidade pública e mais ainda, se temos ambições politicas. Foi o que aconteceu com a Dra. Manuela Ferreira Leite quando respondeu de forma convicta mas infeliz à pergunta (a propósito do investimento que Portugal pretende fazer em obras públicas):

- As obras públicas ajudarão, pelo menos, ao factor desemprego?
- Ao desemprego de Cabo Verde, desemprego da Ucrânia, isso ajudam. Ao desemprego de Portugal, duvido.

O raciocino de per si não é de todo errado, (todos sabemos que as obras públicas são um dos principais sorvedouros de mão-de-obra imigrante, quantas vezes ilegal, a trabalhar em regime de semi-escravatura), mas a forma como foi proferida, sem a clarificação desejada tornou-a agressiva, xenófoba e discriminatória e um alvo fácil para a chacota nacional e parlamentar, permitindo até ao senhor primeiro ministro, afirmar heroicamente no parlamento que o seu partido não distingue portugueses de primeira e de segunda (?).
Eu, que reconheço em mim uma formação humanista, tenho que não teria respondido assim, mas que não deixaria de fazer o mesmo pensamento analítico.

Tal como fiz, e afligi alguns colegas de trabalho, quando foram apresentados os abonos de família pré-natal como forma de estimular o aumento das taxas de natalidade, pois apoiar-se a natalidade dos mais pobres pareceu-me um erro brutal, ora se se reconhece sociologicamente a perpetuação geracional de subculturas de pobreza, não me pareceu sequer ético que fosse nesse grupo que necessita antes de se auto-promover e romper ciclos de exclusão que os investimento à natalidade devessem ser realizados, quando existiriam outros grupos disponíveis, mais estruturados e predispostos a aumentar a sua natalidade se o Estado lhes oferecesse melhores condições de suporte social e fiscal.·
Mas percebo que política e eleitoralmente dá jeito que assim seja.
Apoiar os pobres fica sempre bem.
Dizer alguma coisa considerada socialmente incorrecta, ainda que verdadeira, fica sempre mal.
Por isso, toca a aprender lição.

5 de novembro de 2008

OBAMA 08

O que é que pensou este homem aquando do anúncio da vitória?
Terá gritado interiormente “sim consegui!”, ou terá rezado ao seu Deus para que nada daquilo fosse verdade. Terá firmemente acreditado no seu discurso de vitória ou teve consciência exacta das promessas impossíveis de cumprir. Acreditou que venceu porque tem efectivamente as qualidades que se exigem, ou apenas pelo demérito dos seus opositores. Terá ficado inebriado com o poder que se avizinha ou terá sentido uma cólica de pavor pela dimensão exacta dessa responsabilidade.

Será que reflectiu na sua negritude, pensou nas suas raízes ancestrais, sentiu a escravatura vingada, ouviu interiormente os gritos de júbilo do povo massacrado do país de onde o seu pai emigrou, ou concentrou-se apenas no nó da gravata e sentiu o sabor de ser o homem do poder…

Terá pensado primeiro em todas as mulheres que amou, nas suas filhas, ou na sua cabeça delineava-se só a escolha dos membros do seu gabinete…

Que homem é este? Que pessoa é esta?
Gostava tanto de saber quais foram os seus primeiros pensamentos…
Acredito que são esses que vão fazer toda a diferença (prometida)!

3 de novembro de 2008

Ao domingo


Ao domingo namoramos muito, a dois, a três.
São as manhãs na cama, as cócegas e as gargalhadas, as bicicletas, ou o mar, ou os restaurantes à beira-rio. Ao domingo estamos mais tempo uns com os outros. Ao domingo conversamos mais, estamos mais disponíveis e atentos. Ao domingo somos mais felizes.

Ontem, domingo, no almoço a ver o rio, o nosso rapazinho de 4 anos, quando se falava do Natal e enquando tinha o olhar perdido no horizonte, pediu: “Pai, este Natal podes levar-me a ver o Kilimanjaro?” “o Kilimanjaro? ‘” perguntei, “ Sim mãe, aquela montanha mais alta de África, que foi um vulcão e que tem sempre neve no cimo, e eu adoro vulcões e montanhas e neve…”, respondeu impaciente, “aãh….”disse aparvalhada com tanto conhecimento enciclopédico, e fique com a sensação que ele e o pai acordaram ir daqui a uns anos…

Ontem, domingo, ao deitar, depois de lhe contar as estórias do costume, dei-lhe um enorme beijo e abraço de boa noite, e ao sair do quarto ouvi: “mãe, és tão linda, tão linda, como a acácia mais alta da savana”, respondi que também gostava muito dele e decidi não explorar mais a conversa.


Fui para a cama a pensar que se o puto fosse mais velho era melhor ir saber das suas companhias e se não andavam a fumar nada ilegal, mas aos 4..., ou este miúdo tem o coração de um poeta africano ou o antibiótico para a otite tem alguns efeitos adversos estranhos…

31 de outubro de 2008

Sim

Se soubera fazer links entre posts seria fácil (por acaso não há por aí quem saiba?) Como não sei, hoje resta-me (re)postar o post que escrevi hà um ano atrás, (com ligeiras actualizações):


Há 5 anos, ela disse-lhe que sim. Num fim de tarde chuvoso, ele respondeu-lhe que sim. Não trocaram alianças, ela não se vestiu de branco, ele não pôs gravata, (cada um deles já tinha cumprido anteriormente, com outros, esses chatos rituais sociais) apenas formalizaram o contrato, porque o que os uniria para a vida estava hà 4 meses dentro dela, o primeiro filho de ambos. Em noite de bruxas, certamente por elas abençoados, celebraram a sua união à beira mar com aqueles de quem gostavam e não com os que mandavam as convenções. Ainda hoje são assim: diferentes mas seguros, litigantes mas confiantes, discordantes mas inseparáveis, exactamente porque sabem que a sua relação assenta na profunda paixão pela liberdade: ficar ou partir é sempre uma escolha, com custos é certo, e porque ambos já lhes conhecem os percursos, a escolha ainda continua a ser ficar.

Voo, ou não voo? III


visited 20 states (8.88%)

Quando olho para este mapa atrevo-me a concluir que a aerofobia, que me assalta frequentemente, mesmo assim não me tem impedido de explorar a Europa.
Não tenho tido coragem é para sair do velho Continente.
Voos com mais de 4 horas ainda são uma vertigem de emoções... mas um dia destes vou conseguir!
E atenção, o mapa não contempla as nossas regiões autónomas, nem os arquipélagos espanhóis, nem as ilhas gregas, nem contabiliza o número de vezes que fomos a cada um dos países...
Nota: podem construir o vosso próprio mapa em http://douweosinga.com/projects/visited?region=world

30 de outubro de 2008

Política espectáculo

Gosto de política.
Da política verdadeira, ideológica, convicta, no profundo respeito pelo serviço aos outros.
Daquela que já não existe.
Mas também não resisto ao espectáculo assumido da política.
Aí sou fã da política à americana.
Esta política que se assume intensamente, com verdadeiros spots publicitários, onde os meios de comunicação social assumem à descarada as suas preferências, onde as convenções são apoteóticas, com pessoas que (aparentemente) ainda acreditam, que abanam convictamente trajas, fitas e bandeirolas e gritam e apupam o candidato adversário e choram pelos seus candidatos (comparado com tudo isto a política nacional é uma seca, com uns comentadores encapuçadamente tendenciosos, com uns sorumbáticos tempos de antena, entalados entre o Preço Certo e o Telejornal, com os Congressos vazios, com os jantares de bacalhau com natas e carne assada com umas pessoas amorfas que só lá vão porque as enfiam em autocarros com a promessa de ir petiscar de graça, ou receber um Magalhães ou pelo menos uma pen que funcione).
Gosto deste espectáculo onde entram brancos e negros, veteranos de guerra e donas de casa aparvalhadas, mais todos os membros das suas famílias, cães e gatos incluídos.
Ah! E gosto mesmo, mesmo, de diariamente se desmantelar uma qualquer tentativa frustrada de homicídio ao candidato pré-eleito nas sondagens diárias.
Isto sim. Já que não existe política da verdadeira ao menos que esta festa tenha todos os ingredientes: dinheiro, suor, lágrimas, ignorância, escândalos e … sangue, muito sangue (isso é que era uma festa!) … Porque agora a politica é um thriller!

28 de outubro de 2008

Estou cansada...


...de acordar às 6.00h e de ficar mais uma hora às voltas na cama.
"%&##$%&%$# para quem inventou a mudança da hora!

23 de outubro de 2008

O Outono na blogoesfera

O Outono, está a dar cabo da blogosfera.
Em regra, dizem os cientistas, o Outono traz consigo a depressão, mas este ano, afectou os fígados, a educação, a inteligência, a capacidade de argumentação e sobretudo o humor daqueles que comentam os blogues.

Passeio-me nos blogues habituais e leio comentários indelicados sobre mães que escolhem conscientemente receber uma epidural no momento do parto ou parar de amamentar, fico parva com opiniões abstrusas sobre ética, carteiras profissionais e passatempos inócuos, arregalo os olhos com discussões sobre ter um blogue de gaja ou de mulher (e eu que até achava que uma gaja era uma mulher urbana com interesses diversificados!), abro a boca de espanto face aos comentários dos que opinam veementemente contra o direito de um casal tirar uns dias para namorar longe dos filhos, ou educar os filhos como bem entender… e sei lá mais o quê!

A loucura está instalada…
Espero que não venham cá para o meu lado…que não alimento essas tretas.

E já agora clarifico:

- Este é assumidamente um blogue de gaja, embora eu não seja grande apreciadora de sapatos coloridos nem de stilletos;
- Não sou jornalista, portanto aquilo que escrever aqui, de mal ou bem, não é aparentemente incompatível com a minha actividade profissional nem com a minha ética pessoal;
- Fiz uma cesariana electiva com epidural (crime dos crimes! Mas escolhi assim porque quis ter tudo sobre controle e voltaria a escolher e aconselharei a quem me perguntar a opinião);
- Não amamentei o meu tão amado filho que, por acaso, sempre esteve no percentil 98% e é um puto giro, esperto e bestial (e voltaria a fazer o mesmo se outro tivera, mas não vou ter, porque a vida não está para essa coisas e eu não estou disposta a abdicar de mais nada para além da volta de 180º que a vida já deu quando este me caiu no colo),
- Com frequência faço escapadinhas de fim-de-semana ou férias a dois e farei sempre que puder, e ele adora, pois fica com os avós que o apaparicam até à medula, e não é por isso que deixo de ouvir “mãe adoro-te”; “mãe és o peixinho do meu aquário”; “mãe és a minha melhor amiga” e outras coisas melosas.

E já agora informo que a maioria dos post anteriores, tal como este, estão inundados de ironia… quem não perceber… escusa de parar por aqui!

Beijinhos e abraços,

Xanuca B.

20 de outubro de 2008

Vou? II

"Um piloto de 44 anos, da companhia aérea «United Airlines», foi detido na manhã do passado domingo por tentar dirigir uma avião no percurso Londres-São Francisco, em estado de completa embriaguez, segundo informações adiantadas pelo site online do periódico The Guardian.

O primeiro-oficial de bordo da companhia aérea norte-americana foi detido, depois de terem surgido suspeitas do pessoal da companhia de handling acerca da lucidez do piloto. A polícia britânica acabou por deter o suspeito ainda no interior do avião, e escolta-lo à esquadra mais próxima. O suspeito ficou impedido de voar e tem ordem para se voltar a apresentar na esquadra de Heathrow no próximo dia 16 de Janeiro, acusado de tentar pilotar um avião com um limite de álcool superior ao permitido.
"...

IOL Noticías

Estão a ver! É por estas ... e por outras, que não fui!

Regressas amanhã...

15 de outubro de 2008

Vou?

Vou, não vou, vou, não vou, vou não vou .. ou melhor voo, não voo, voo não voo, voo, não voo...

Como é que depois de se apanhar ventos ciclónicos em pleno voo, alguém se consegue voltar a meter num avião sem um adulto ao lado a quem dar a mão e que seja capaz de ajudar a controlar uma crise de pânico mesmo com meia dúzia de xanax no estômago? Quem?
Vou, não vou, vou, não vou, voo, não voo, voo, não voo...
(penso tudo isto enquanto olho fixamente para o site da agência de viagens, tenho os voos seleccionados mas não consigo clicar e avançar para as reservas, vou, não vou, vou, não vou...
Por favor, não há por aí ninguém que queira vir comigo e com o puto?Please!!)

12 de outubro de 2008

O senhor do humor


Desde hà 4 anos não sou uma telespectadora típica ( vicissitudes da maternidade). Aliás, penso que nunca fui.
Este meu amor à liberdade sempre se alimentou muito mais de livros, que permitem tudo, do que à formatação que a caixinha magica nos impinge. No entanto, tenho fidelidades e alguns amores na TV (dos odiados de estimação, que são muitos, não quero aqui falar).
Neste contexto, assumo que sou uma indefectível do Herman José. Sou cliente e das antigas. Não é que ainda me lembro do Senhor Feliz e do Senhor Contente, (claro que era uma bebé!) e de tantos, tantos outros bonecos a que ele deu vida nos últimos 25, 30 anos (?).
Assim, com o regresso do Herman na Roda da Sorte à nova grelha da SIC, a televisão da cozinha voltou a ser ligada no horário das 19.00/20.00 (porque a da sala estranhamente só dá o Canal Panda!?) ainda que muitas vezes como imagem/som de fundo ao qual vou dando uma espreitadela pelo canto do olho. Mas ontem, parei o que fazia para ver e valeu a pena, os falsos concorrentes (o gago criador de mastins, a gargalhadora histérica e o conservador irritado), colocaram-no em situação de stress total, fizeram-lhe a cabeça em água, mas ele aguentou-se, com o seu humor e sobretudo como a educação e o bom senso de um senhor. A coisa foi do mais hilariante e simultaneamente angustiante, porque nós sabíamos que era a brincar (passava em roda pé que a coisa era para os "apanhados") e ele não,… foi tão divertido... até que entrou um careca que acha que sabe fazer televisão a dizer que era dos “apanhados” e … não digo mais nada porque este tipo é um daqueles relativamente aos quais me recuso a falar!

10 de outubro de 2008

Para ti... (20 dias passados)



Bem sei que preferimos a versão instrumental...

(mas não a encontrei!?)

7 de outubro de 2008

Regresso


Já está! Candidatura aceite, matricula feita e paga a propina anual.
Volto novamente aos bancos da "minha" escola.
Meta: uma dissertação em 1o meses!
Dúvida: sobre o quê?
Angústia: como é que vou conciliar tudo?

3 de outubro de 2008

Arrependimento

Acredito que nos últimos dias muita gente deve estar, cada vez mais, arrependida de ter votado no partidinho instalado no poder. Não, não estou a falar de Economia, de Desenvolvimento, de Segurança, de Cultura, de Justiça... Estou tão só a falar do impedimento do reconhecimento do direito individual de amar e de constituir uma família!

(e não é que o "conservador" PSD deu liberdade de voto aos seus deputados, ao contrário do "liberal" PS que obriga a um rotundo não?)




2 de outubro de 2008

Dias...


Hoje, o dia não foi fácil.

1 de outubro de 2008

Para ti...




Porque estes 30 dias (dos quais ainda só passaram 10!) também parecem um ano...

26 de setembro de 2008

Agenda


Para os que já se sabe .... sai um super galão pingado, com o melhor leitinho do chinês!
Assim por alto, acho que preciso de uns 9 ou 10...
Pronto, pode ser uma dúzia!
Sempre sai mais barato!

24 de setembro de 2008

Constatações da Monoparentalidade

O puto faz-me descobrir todos os dias coisas novas.
Boas e .....menos boas...
Neste post, que acredito se tornará numa imensa lista, vou tentar apontar as mais pertinentes...



1- (23/09)
O El Corte Inglês só tem um piso, o 4º!
2 - (24/09)
Sinto falta de falar com um adulto, depois das 17.00h!
3 - (25/09)
Um puto de 4 anos ocupa mais espaço na "minha cama" que um gajo de 40!
4 - (26/09)
Programa de sexta à noite: jantar fora, claro, mas....no IKEA?! Vivam as almôndegas suecas!
5 - (27/09)
Andar de eléctrico e lanchar na Benard pode ser um programa fantástico! (tão fantástico que no meio do lanche ouvi de uma boca besuntada de chocolate: "mãe tu és a minha melhor amiga!" )
6 - (28/09)
Andar de metro é inebriante e a estação das Olaias é "um planeta cheio de naves espaciais fantásticas" , que loucura! (sorte o puto não ter reparado nos aliens que por lá andavam a pastar...; sorte não termos sido assaltados...)
7 - (29/09)
Carregar 20 Kg, adormecidos, do carro até casa não é decididamente para mim ...
8 - (30/09)
Escolher um presente para a "amiga especial" foi um martírio. Correu dos livros, para os cd, cirandou entre os legos, olhou para um Action Man e acabou num "my sweet pony" cor-de-rosa (huf!!). Acho que estou a criar um filho que compreende as mulheres... (ou talvez não!). (Sábado (re)começa a peregrinação das festinhas de aniversário dos amiguinhos(as)...)
9 - (01/10)
O banho hoje foi muuuuito especial... depois de muita conversa, de uma tentativa de birra e do argumento:"se o meu pai estivesse aqui"...vingou a lei da mãe - resultado: mergulhou completamente vestido na banheira! Os olhos abriram-se de espanto (e de divertimento) mas ele percebeu que com uma mãe aborrecida o melhor é obedecer!
10 - (02/10)
"porque é que conduzes assim mãe? de certeza que vamos ter um acidente! e depois vamos para o hospital.... O pai costuma ir mais devagar, mãe!".
(pois costuma, porque ele não tem cartão de ponto, porque ele não tem horas certas para entrar, porque quando eu saio vocês ficam os dois a dormir, porque .... pena que não esteja cá para te levar!) calei tudo isto, contei até dez... e acelerei com uma imensa fúria dentro de mim!
11 - (03/10)
7.30h (entre duas colheradas de Cerelac) - "hoje é sexta, hoje é sexta, vamos jantar fora, vamos ao IKEA, não é mãe?" (acenei a cabeça, mas não respondi, porque senão a papa ficava a meio e corria o risco de me atrasar com a choradeira!)
12 - (04/10)
Levar um príncipe à festa da sua princesa favorita e vê-lo transformar-se num guerreiro da idade média em lutas na relva, assaltos a tendas, encontrões e pulos para poças de lama ao melhor estilo anuncio do skip, doi! o meu bebé está cada vez mais longe!
13 - (05 , 06 ..../10)
Introdução de nova rotina...puto vomita, suja tudo, chora, tem diarreia, suja tudo, põe o termómetro,depois de muita negociação, toma benurom, baixa a febre, vomita outra vez, suja tudo, volta a subir a febre, toma brufene, tem diarreia.... vai ao Hospital... diagnóstico: gastroentrite viral... A mãe está dividida ou assume o papel de enfermeira, de negociadora de termómetros, ou de lavadeira. A mãe tem vontade de dar um tiro na cabeça. A mãe chora de desespero! A mãe está doente de sono e cansaço! A mãe está com urticaria ansiosa! A mãe não nasceu para isto!
14 - (07/10)
O puto, felizmente está melhor. Mas a mãe estoirou: começou a chora por tudo e por nada....
15-(08, 09,10/10)
A vida corre estupidamente normal. O trânsito da manhã, os meus palavrões (que lhe imploro para não repetir na escolas) senão as Irmãs desmaiam... a choradeira à porta do Colégio, o trânsito para o trabalho, o trabalho de m#$%&da, o trânsito de regresso ao Colégio, as filas à porta do Colégio com aquelas p##&% de tias que param as carrinhas no meio da rua para ir buscas os seus voçesinhos, com lugares vazios uns metros adiante, e depois o abraço, e depois a brincadeira, e depois o banho e depois o jantar ( com os restos que o pai ainda deixou cozinhados)e depois a minha cama ocupada a noite inteira e depois eu a ir dormir para a cama dele...
16-(11/10)
Decisão tomada! Vamos ter com o pai. São necessárias malas de viagem e o pai levou todas para o seu mês de campanha. Então vamos comparar novas e baratinhas à feira da Praça de Espanha. Quando dou por mim tenho o puto a dizer a um senhor de turbante, barba longa e unhas compridas "então não fazes isto mais barato? não tiras umas moedas?" o senhor acha-lhe tanta graça mais à minha aflição, que trazemos duas malas de viagem por 25 moedas. Mas o puto veio desconfiado, "mãe aquilo não era uma loja, não tinha máquina registadora!"
16-(12/10)
14.00h. Estamos a acabar de almoçar. Dentro de 10 minutos temos que sair de casa para ir à ante-estreia de uma peça infantil (sim, a minha vida social está resumida a programas para crianças) e oiço "mãe tenho o pé preso na cadeira!!!", "mãe, ajuda-me!!!!" e explode num vale de lágrimas sem fim. Olho perplexa para o cenário, tento acalma-lo, tirar o pé, mas o raio do pé não saí, como é que lá foi parar? . Penso: "Vou para o hospital com o puto e a cadeira? Sigo para o Tivoli com o puto e a cadeira? Vou bater à porta do vizinho?". O puto grita alto e bom som "Quero o meu paiiiiiiiiiiii!!!". Liguei ao pai. O pai acalmou-o pelo telefone, deu-me instruções para com um martelo alargar as barras da cadeira que lhe prendiam o pé... uff!! o pé saiu! a cadeira ficou amachucada... E lá fomos às gargalhadas para o teatro.
17- (14/10)
Ups! Desta vez fui eu.. a minha manhã começa em stress (acho que só respiro depois de passar o cartão pelo pica ponto antes das 8.30h) assim levantar, duche, vertir-me, acordar o puto, vesti-lo, dar-lhe o pequeno almoço e leva-lo ao colégio é feito em velocidade de cruzeiro... tão veloz sou que hoje ao estacionar rapidamente, mas de esguelha, à porta do colégio raspei com o carro no carro... da educadora... do puto !!! O carro dela é velho, velhíssimo, fui ver rapidamente e acho que não sofreu (mais) nada para além dos diversos danos que já tinha, por isso nem disse nada... e eu... passei a noite na garagem com massa de polir a esfregar os riscos pretos do meu... (nota: para não arranjar confusão assumo que menti ao puto, disse-lhe que raspei numa parede!)
18 - (17/10)
Não fomos ter com o pai. Decidimos de comum acordo. A mim, não me apetecia enfiar num avião por 3 dias, em regime estou com vocês mas tenho que continuar a trabalhar, quando me tinha prometido uma semana da férias em família. O puto, queria ir à festa de aniversário do seu melhor amigo, no fim-se-semana.
Ainda assim, fiquei neura, por isso, dia de férias para mim, fui por o puto ao colégio e ... spa cultural: papei dois museus e curti um cinema à tarde. Que bom que foi! Soube a reencontro comigo mesma. Ás vezes ser só mãe cansa...
18 - (18/10)
"Mãe podemos continuar a viver assim, só os dois, sozinhos?"... "É que o pai às vezes é um bocado chato!" (Bolas, será que o Èdipo já anda cá por casa? Ou o raio do puto é mesmo como eu: quem não está não faz falta?).
19 - (20/10)
Fomos ao aeroporto. Ele correu para os braços do pai. Brincaram o resto da noite com os carrrinhos novos no chão do quarto dele. Eu, fui para a cama ler.
Já acabou e afinal não custou nada. Passou tão depressa...

23 de setembro de 2008

Monoparentalidade


A partir de hoje sou, e serei por 30 dias, uma mãe solteira.
Claro que há o skype, e o msn e o telemóvel para matar as saudades.
Mas a logística está toda por minha conta. Estou exausta, ao fim do primeiro dia!
As minhas rotinas estão viradas do avesso!
Não sei se sobreviverei….

Decididamente, para mim, um filho é para ser vivido a dois.
(foto de Nuno Santos, retirada do Olhares)

19 de setembro de 2008

Eu quero ....

...um Magalhães!
Depois de meses a choramingar por um Sony Vaio Pink, ontem a demonstração do Hugo fez-me mudar de ideias... eu quero um nacionalíssimo Magalhães... viram como aquilo é resistente? fiquei fascinada.
O lidersíssimo Hugo atirou com a maquineta para cima da mesa com toda a força e o Magalhães não só resistiu como se manteve a trabalhar... fantástico! Aquilo é que é publicidade bem feita! E parece que também há em cor-de-rosa para as meninas...

17 de setembro de 2008

Quero o Verão que não tive!

Em Nicósia hoje faz sol e estão 32º. Em Lisboa espingalha e o horizonte é cinzento.

Assim, não quero estar aqui. Parto para Nicósia para reaver o sol perdido (envio a conta aos senhores da metereologia e peço uma indemnização ao Estado por mais um erro grosseiro dos seus Serviços, bem como por danos morais -não gosto que me mintam, quero o que me prometeram e não deram nestes três meses de chove não molha) .

Não quero saber se o rio Pedieos está poluído, se por lá se continuam a degladiar turcos e gregos, estou-me borrifando para a linha verde desmilitarizada das NU. Eu quero é sol, calor, Verão, esplanadas, corpos doirados, marisco, gelados e sestas...
Por isso, parto... nem que seja só em forma de desejo.




16 de setembro de 2008

Desabafo

Com tanta tecnologia distribuída pelo Governo, ao preço da chuva, à cachopada, será que os putos não podem ficar em casa ligadinhos à net e ter aulas a distância. Evitavam-se os custos das obras nas escolas, poupava-se no pessoal auxiliar, poupava-se nos professores, poupavam-se aos ouvidos as notícias que vão encher os noticiários a semana inteira “esta escola não abriu”, “os pais fecharam aquela”, “os pais ameaçam isto e aquilo” “na escola x faz falta isto e aquilo” “a escola y fechou e agora os meninos vão ter que fazer mais z kms”….
E O TRÂNSITO VOLTAVA A SER NORMAL E ACEITÁVEL. E EU VOLTAVA A CHEGAR A HORAS a esta m* de Serviço…

12 de setembro de 2008

Recado com destinatário

"Seja paciente pescador neste rio de existir. Não force a arte, não force a vida, nem o amor, nem a morte."

Agostinho da Silva
"Carta - V"

11 de setembro de 2008

E hoje ....


a manhã começou assim!

8 de setembro de 2008

A fuga da avó

Eu sei que és chato, mimado, teimoso e muitas vezes inconveniente.

Perguntas porque é que o universo é azul-escuro e porque é que os espelhos reflectem a nossa imagem. Crias guiões de brincadeiras onde nós temos que repetir as deixas exactas que nos dás. Queres colo quando o caminho é longo. Exiges atenção continuada e contra-argumentas todas as nossas ordens.

Certamente, foste tudo isto e muito mais ... e a tua querida avó, que tinha assumido o compromisso de ficar contigo nas três semanas e meia até começar o colégio, ao fim de três semanas, fugiu de sua casa! Só faltavam três dias, mas mesmo assim ela fugiu…

Deixou-te(nos) sorrateiramente, sem aviso prévio, que permitisse encontrar em tempo útil qualquer solução ou alternativa. E tu choras. Choras porque sabes que tinhas direito a mais três dias de férias, choras porque estava combinado que domingo à noitinha voltavas para casa da avó, choras porque ficaram lá os teus brinquedos, e os livros e a bicicleta.

Mas não é de estranhar este, como direi ... incidente.
A tua avó fugitiva é a mãe pela qual me senti tantas vezes abandonada.
Culpo-me.
Porque é que não fui capaz de antever que a ti te poderia fazer o mesmo?
Porque quis querer que ela seria capaz de te dar o amor que não me deu?
Errei.
Mas prometo-te meu filho, que não permitirei que tal volte a acontecer.

Assim, como único desfecho possível, começaste hoje oficialmente o infernal périplo de te passeares entre o trabalho da mãe e do pai, confundir os nossos horários, agendas e ritmos de trabalho e aborreceres-te até à infinitésima partícula de ti.
Desculpa.

5 de setembro de 2008

Sozinha em casa



Para os meus dois rapazes (pai e filho) e também para a cadela, que esta semana me deixaram sozinha em casa.

Voltem todos depressa!

4 de setembro de 2008

Dores

Hoje já gemi, guinchei, vi estrelas, aviões e foguetões, até as lágrimas marejaram os meus olhos…

Não, não foi, um orgasmo.
Não, não foi com um gajo bom.

Foi a menina Tracy (Doutora de Quiroprática) que pressionou os seus dedinhos no meu ombro direito!

Ai! Ai!

Nota: eu não uso a flor no cabelo

3 de setembro de 2008

Bancarrota


Tenho um nó no estômago e a angustia avassala-me…

Vou ficar pobre, aliás, vamos todos ficar pobres (excepto os que foram presos preventivamente e são arguidos de crimes graves).

O Estado, que poupa no papel e nas esferográficas, nos agrafos e nos refeitórios, nas promoções de carreira e nos aumentos dos ordenados que não faz… vai sabiamente começar a pagar chorudas indemnizações a todos aqueles em relação aos quais supostamente cometeu “erros grosseiros” de Justiça (pois aberto o precedente jurídico, ainda que para um amigalhaço do peito, e uma vez que estamos num Estado de Direito isto vai ter que dar para o pessoal todo nas mesmas circunstâncias senão fica a parecer ( mais ainda) que foi um jeitinho político).

O País vai exaurir os seus fundos, esgotar até à última pinguinha as reservas de ouro, certamente teremos que alienar todo o nosso património histórico (como está tão mal conservado não deve valer grande coisa, mas pronto), quem sabe até, leiloar o País pedacinho a pedacinho (por favor comecem, pelas regiões autónomas pois para alem do eventual lucro da venda ainda poupávamos uns milhões em transferências orçamentais) e depois ainda ficaremos com dividas avassaladoras…

Resta-nos tornar candidatos a criminosos, para sermos injustamente (?) presos preventivamente … Pois assim, pode ser que nos calhe ainda uns eurositos de indemnização….

Por isso é que a criminalidade está como está. O pessoal já se está a precaver.

1 de setembro de 2008

Neura de Setembro

E chega Setembro.E chega o fim do Verão (que este ano não aconteceu).
E o trânsito sai à rua e desfila em passo de procissão pelas avenidas.
E chegam também os rapazes que distribuem jornais nos semáforos (e os palermas que travam e põe o braço de fora para recolher o papel grátis).
E regressam ao trabalho os polícias sinaleiros da cidade (um dos quais justamente no cruzamento em que tenho que passar todos os dias).
E daqui a dias as escolas recomeçam.
E voltam os horários e as rotinas.
E vão chegar as chuvas e o frio.
E eu vou ficar mais velha.
E depois é Natal
E depois...

E chegou Setembro e eu já estou exausta.
(bolas, eu quero mesmo é sol e férias!!!)

29 de agosto de 2008

Intimidade

Alguém me que conhece bem, ofereceu-me um novo íman para o meu computador que versa assim: “os homens vêm e vão… as jóias duram para sempre”.
Foi mesmo alguém que me conhece muito bem…

Obrigada amiga!

1, 2, experiência...




Obrigada MH, pela lição de hoje! E a inauguração só podia ser com este clip.

28 de agosto de 2008

Recado II

Caro Ministro Rui Pereira,

Estou a ouvi-lo com toda a atenção e digo-lhe já de caras que faço e farei tudo para o ajudar a combater esta “ligeiríssima” e “desvalorizável” onda de criminalidade.

Em casa, tenho grades nas janelas, o exterior é protegido por redes altas que terminam em arame farpado, câmaras de vigilância e iluminação com sensores de movimento, no interior, o alarme está ligado nas zonas da casa que não frequentamos e tenho uma bela cadela serra d'aires que quando arreganha a dentuça mete respeito.

Além disso, ando a pensar em tirar licença de porte de arma e gostava mesmo de aprender a disparar, porque tenho a mania de fazer bem feito aquilo em que me meto e se tiver de dar um tiro a um malandrão que me entre casa a dentro, quero acertar de uma vez e não deixar para ali o santinho a estrebuchar e aumentar os custos do Estado com cuidados de saúde.

Também não troquei de carro, que já tem 9 anos, para não despertar vontades alheias, e cada vez que lá entro tranco automaticamente as portas, e digo-lhe de caras, que se alguém se puser no meio da estrada a pedir ajuda pode crer que lhe passo por cima.

Prometo também, que não vou a nenhum posto de combustíveis, não vão lá entrar uns encapuçados no exacto instante em que estou a pagar o gasóleo. Juro evitar caixas multibanco, porque os assaltos se sucedem, (aliás elas também tendem a desaparecer dos sítios onde era suposto estarem!). Garanto-lhe que não entrarei em qualquer agência bancária, porque ser refém de uns malandrecos quaisquer não é propriamente o meu estilo. Afianço-lhe que aos CTT também não voltarei, o que compromete o levantar das compras por catalogo que tanto gosto de fazer. Vou ter dificuldade, mas prometo, que não me aproximarei de ourivesarias, nem para espreitar as montras.
Na medida do possível, evitarei os parques de estacionamento dos Centros Comerciais, as deslocações ao Porto, a Loures e a Setúbal, bem como a locais de diversão nocturna em geral.
E claro, que quando o gasóleo acabar, porque como já lhe afirmei não vou aos postos encher o depósito, jamais pedirei boleia a uma carrinha de transporte de valores.
Confesso que não sei o que mais fazer para o ajudar, mas até agora ainda não consegui perceber o que V. Exa. e os seus colegas do Governo, vão mandar fazer para que eu possa voltar a ter uma vida normal.

26 de agosto de 2008

Recado I

Caro senhor Presidente,
Tenho a dizer-lhe que tem estado no seu melhor se não quiser cumprir um segundo mandato em Belém, pois ultimamente:"cada tiro, cada melro". Então embirra com a nova Lei do Divórcio apresentando uns argumentos miseráveis de ideias feitas e preconcebidas, facilmente desmontáveis por qualquer estudante de ciências sociais e depois promulga, sem fiscalização preventiva da constitucionalidade, a tão discutida e sempre perigosa (pelo menos emocionalmente para um país que só não tem polícia política há 34 anos) Lei da Segurança Interna.

Se não quer continuar é só dizer, (eu também acredito que isso aí deve ser uma grande chatice) porque já há muitos em biquinhos de pés para lhe suceder, escusa é de fazer destas....


25 de agosto de 2008

Chiado


Há 20 anos tinha um exame para fazer em Setembro.Por isso, já estava de regresso a Lisboa para estudar no sossego de Agosto. E como funciono exactamente ao contrário do Marquinho do martelo, (obrigada Inês pelo contributo), pois comigo a caminha é mesmo de noite e a manhã começa bem cedo, acordei com o noticiário das seis da manhã, penso que na TSF, não me lembro de quem era a voz, mas as palavras ficaram até hoje na memória: “Lisboa está a arder”. Nunca saltei da cama tão depressa. Corri para a janela e o céu estava pardacento e cheirava a fogueiras de santos populares. Passei o resto da manhã de TV ligada e livros na mão.
Foi um dia estranho aquele em que me despedi do Chiado do qual tanto gostava.
Confesso que perdi o hábito de lá voltar.
O exame correu bem.

22 de agosto de 2008

Nome Olímpico

Quando foi necessário escolher o nome do puto, foi um drama, todos os que eu escolhia, não agradavam: ora ao pai, ora à avó, ora à tia, ora à prima, ora… ao carteiro. Porque era nome de bicho, porque era nome de gay (e depois?), porque fazia lembrar um primo palerma, porque em adulto não ficaria bem com um título académico (?), porque este familiar podia levar a mal porque era o nome de um outro parente, ora isto, ora aquilo.
Assim, já aborrecida com as discussões e opiniões adiei o problema até lhe ver a cara.
Mas no bloco de partos, (já com a barriga aberta como uma melancia em tarde de Verão) e o puto deitado em cima de mim, a discussão volta a instalar-se, desta vez, entre mim, o pai, o anestesista, o neonatologia e os dois obstetras de serviço: “olhe que tem cara disto”; “ ai, não, não, tem cara daquilo”; “olhe que ele não vai gostar”; “ com esse, na escola podem gozar” ; “ não ponha esse porque depois na escola fica para o fim nos exames”…, até que depois de sábia escolha acompanhada de convincentes e históricos argumentos da mãe (entretanto a ser cozida como um peru recheado para a ceia de Natal), a unanimidade e a calma regressaram àquele bloco de doidos, inundado de gargalhadas.

O puto gosta do seu nome. Já questionado várias vezes, sobre a hipótese de ter outro nome, recusa e prefere sempre o dele. Fico contente, porque parece que esta sábia mãe (como sempre) acertou.

A conversa do nome do puto vêm agora à baila, 4 anos e meio depois de ter sido escolhido, porque o pai invariavelmente quando o quer irritar lhe chama Nelson, sobretudo quando há parvoíce envolvida (ou por parte de um ou de outro). Lá em casa, Nelson assumiu a forma de adjectivo qualificativo equivalente a disparatado ou palerma. Ora, a partir de ontem e tendo em conta que um dos únicos quatro atletas nacionais (os outros foram Carlos Lopes em 1984, em Los Angeles, Rosa Mota em Seul, em 1988 e Fernanda Ribeiro em 1996, em Atlanta - informação CM on-line) que desde os tempos imemoráveis de todas as participações na era moderna desta tão nobre competição, conseguiu atingir o patamar de ouro de Olimpo, se chamar Nelson, parece-me desrespeitoso continuar a usar tal nome para tal fim. Vou ter que falar com os rapazes sobre o assunto. Já agora, como é que se chamava aquele rapaz que supostamente deveria ter lançado qualquer coisa pelo ar, mas gosta mais de passar a manhã na caminha?

? Por qué no te callas?

Hugo,

A maioria do teu povo é capaz de não partilhar este meu afecto, mas eu gosto de ti. Cá em casa também não gostam, e andam sempre a falar de direitos humanos, mas eu mesmo assim gosto de ti e pronto! Sempre gostei, dos teus disparates ditos convictamente, da tua bonomia, das tuas gargalhadas, do teu excêntrico modo de estar, do teu humor latino. Há! E como aprecio a tuas t-shirt e os teus bonés vermelhos (sim vermelhos, vermelhos cor da tua revolução e não encarnados como cá se diz com medo da associação à palavra comunismo), como te tornam viril, conjugados com a tua melena negra, o teu nariz adunco e a tua bochecha cheia.

Todo este afecto certamente tem que ver com a minha paixão generalizada por doidos e desvairados, e tu és um dos mais divertidos e o campeão dos desbocados. És mesmo um grande maluco, pá, até consegues jogar xadrez e passar tardes de conversa com o Fidel (?), um outro rei (também) senil manda-te calar frente ao mundo inteiro e tu ainda brincas com isso no teu canal de TV, ao mostrar ao mesmo mundo uma t-shirt com o dito e dizer que ele ta enviou e pediu para não divulgares publicamente que foi ele.

Então e ontem, pá, foste mesmo bestial, contaste ao mundo as mais profundas confidência de um dos teus grandes amigos europeus, o Zé, que te disse que o país onde ele manda tem a economia “estancada”e atrofiada (acrescento eu) e certamente te pediu o maior dos segredos, porque quer convencer os palermas que lá moram que a economia tem um dinamismo inigualável. E tu, igual a ti próprio, na tua "ingénua" sábia loucura, toca de por a boca no trombone e nós cá no burgo ficámos todos a saber (aliás, confirmámos mais uma vez) que o Zé é um grande mentiroso, e que tu és um amigo do caraças ou de Caracas, como se queira.

Gosto de ti pá, exactamente porque nunca te calas.



Xanuca B.

19 de agosto de 2008

Solidariedade Olímpica II

Eu também teria nadado que nem uma louca, corrido que nem uma desvairada e pedalado alucinadamente se tivesse sempre o meu pai a gritar atrás de mim: “ sofre, sofre, sofre”, “ tu consegues, tu consegues”, “mantêm o ritmo, sofre, acelera, tu és capaz, sofre, sofre, sofre”…

Definitivamente, a vitória da Vanessa demonstra o papel da família na vida de um atleta, só ainda não consegui concluir se tal é positivo ou negativo (emocionalmente, claro, porque o resultado objectivo foi apreciável) … de qualquer modo, se outros pais também tivessem ido para lá gritar com os seus filhos, e dado uns tabefes valentes aos dorminhocos e xeliquentos, talvez os resultados nacionais tivessem sido melhores.

Assim, sugiro ao nosso Comité Olímpico que nos próximos jogos leve menos atletas de 5ª categoria e passe a integrar nas comitivas pais gritadores e esforçados.

18 de agosto de 2008

Solidariedade Olímpica I


Como compreendo os nossos atletas olímpicos! Gosto de ficar na cama de manhã, também não sou muito dada ao tipo de trabalho que tenho que fazer, não gosto que os meus colegas me subestimem, por vezes apetece-me desistir, sobretudo quando a coisa não me corre bem logo à primeira, não gosto de decisões de superiores que não me favoreçam, e também tendo a bloquear quando me vejo em grandes apertos com um monte de gente a olhar para mim...

Só é pena que o Estado não me patrocine umas viagensinhas pelo mundo, nem me financie uma lecas para os alfinetes.
P.S - Também não sou grande fã de exercício físico ....

Regresso


Depois do sol, do sal, da areia, dos abraços, dos amigos, das sestas, dos restaurantes, dos livros, dos pôr-do-sol nas esplanadas, das noites longas... Regresso à rotina, ao quotidiano, mais do que tudo regresso a este Convento que me gela a alma...

Regresso... com vontade de partir...

18 de julho de 2008

Férias

Finalmente, posso pendurar o letreiro à porta!
Mas a dúvida instala-se(!?)


Ponho este?


Ou este?
Ou este?



Até breve!

(Se tiverem saudades da prosa, aproveitem para reler as estórias dos imperfeitosamores.blogspot.com, algumas valem a pena.)

16 de julho de 2008

Sorriso

Caía o céu. Aconteçam catástrofes e cataclismos. Dispare em cavalgada (ainda mais) doida o preço do petróleo. Impludam as bolsas de valores. Diga o Governador do Banco de Portugal o que quiser. Subam os juros lá do palacete. Caía o Governo (esta era uma coisa boa, não vale). Tropece o Papa num canguru e perca o seu sapato vermelho (que afinal não é um Prada). Revolte-se a plebe contra a situação (isto também me parece uma coisa boa, desde que não tragam bazucas que possam magoar alguém).
O meu sorriso NÃO vai desarmar.

SÓ FALTAM 2 DIAS PARA A LIBERDADE CONDICIONAL! (porque hoje já não conta)!

15 de julho de 2008

Trocos

Faltam três dias (hoje já não conta) e na minha cabeça já só existe um único pensamento: 30 dias seguidinhos fora do convento.

Tudo o mais (reuniões, telefonemas, relatórios urgentes caídos do céu; memorandos e pontos de situação de última hora) são trocos ...

14 de julho de 2008

Obrigada Clix !

Para satisfação da nossa gula, e descanso o pessoal da ASAE, o Clix volta a patrocinar, já a partir de amanhã, 120 vendedores de bolas de Berlim em cerca de 40 praias portuguesas, sobretudo no Algarve, Grande Lisboa e Costa Verde. Provavelmente esta é a sua melhor vocação porque na prestação dos outros serviços não são assim tão bons... então o seu call-center é verdadeiramente impróprio para consumo.
Viva o Verão! Viva a Praia! Viva a Bolinha de Berlim!

11 de julho de 2008

Para Si


É o hoje o último dia. Finalmente parte do "nosso" convento e vai ser feliz noutro espaço no meio da sua gente, onde os gestos valem tanto como as palavras. Fico muito feliz por si!

Mas a nostalgia invade-me: Com quem é que vou ter ataques de riso? Com quem é que vou chorar na "nossa" casa de banho secreta do corredor vazio? Quem é que me vai contar os seus tórridos encontros com novos amores virtuais (e que baralha as histórias e me faz perder o norte no meio de tantos nomes, perfís e aventuras)? Quem me actualiza o meu mapa astral? Quem me ensina coisas sobre números e pedras? Com quem é que discuto os documentos de trabalho verdadeiramente importantes? Com quem é que reflicto pelo puro prazer de pensar? Quem é que me apresenta autores esotéricos? Quem é que vai pegar fogo às pilhas de papéis das secretárias com velas? Quem é que vai pôr toda a gente a reclamar com o cheiro a incensos? Quem é que me vai abraçar?

Eu sei que não vai para longe. Sei que manterá os seus três telemóveis, cada um de seu operador, para estar sempre contactável. Sei que estará pela madrugada fora, on-line. Sei que ainda agora nos despedimos com um "até amanhã". Mas já tenho saudades suas ...

Quero ainda agradecer-lhe tudo o que me ensinou sobre as gentes diferentes nestes quase 10 anos em que trabalhámos juntas. Obrigada também por ser minha amiga.

MH para si um enorme e apertado abraço.

10 de julho de 2008

Pobreza II

Não comento, só divulgo:

http://dn.sapo.pt/2008/07/10/economia/trufas_e_caviar_jantar_cimeira_g8_so.html

aliás: #"$%&/()=?»?=)(/&%$#" para estes sacanas todos!

8 de julho de 2008

Pobreza I

Depois de umas horas a tentar sensibilizar um grupo de pessoas para a questão, não posso deixar de afirmar nesta janela: (estou exausta :)!




3 de julho de 2008

O puto maravilha.

Ontem à noite, na hora da estória, disse ao puto do meu cansaço e stress do dia e rematei : "hoje só leio uma, estou exausta". Em vez da refilice expectável respondeu-me: "vira-te para eu te amachucar os ombros".
Desconfiada obedeci, em cima da cama dele, barriga para baixo e ... recebi a melhor massagem dos últimos tempos! Que bela amachucadela, de ombros e de calcanhares. Vou querer todas as noites!
Que belo filho que tenho! Aos 4 anos é o melhor massagista lá de casa.

1 de julho de 2008

Ele há dias assim...


Hoje estou num dia não!
Por favor, ninguém me diga mais nada!

O meu perfil está mais ou menos assim:

- paciência 0;

- tolerância à parvoíce 0;

- vontade de gritar e dizer um chorilho de palavrões: 100.