Da política verdadeira, ideológica, convicta, no profundo respeito pelo serviço aos outros.
Daquela que já não existe.
Mas também não resisto ao espectáculo assumido da política.
Aí sou fã da política à americana.
Esta política que se assume intensamente, com verdadeiros spots publicitários, onde os meios de comunicação social assumem à descarada as suas preferências, onde as convenções são apoteóticas, com pessoas que (aparentemente) ainda acreditam, que abanam convictamente trajas, fitas e bandeirolas e gritam e apupam o candidato adversário e choram pelos seus candidatos (comparado com tudo isto a política nacional é uma seca, com uns comentadores encapuçadamente tendenciosos, com uns sorumbáticos tempos de antena, entalados entre o Preço Certo e o Telejornal, com os Congressos vazios, com os jantares de bacalhau com natas e carne assada com umas pessoas amorfas que só lá vão porque as enfiam em autocarros com a promessa de ir petiscar de graça, ou receber um Magalhães ou pelo menos uma pen que funcione).
Gosto deste espectáculo onde entram brancos e negros, veteranos de guerra e donas de casa aparvalhadas, mais todos os membros das suas famílias, cães e gatos incluídos.
Ah! E gosto mesmo, mesmo, de diariamente se desmantelar uma qualquer tentativa frustrada de homicídio ao candidato pré-eleito nas sondagens diárias.
Isto sim. Já que não existe política da verdadeira ao menos que esta festa tenha todos os ingredientes: dinheiro, suor, lágrimas, ignorância, escândalos e … sangue, muito sangue (isso é que era uma festa!) … Porque agora a politica é um thriller!
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