28 de julho de 2010

A "nossa" telenovela

Há meses ele perguntou-me se na nossa televisão não davam novelas. Disse-lhe que sim, mas que ninguém via, porque eram histórias chatas, que duravam dias e dias, e tinham sempre amores e desgraças, quando não irmãos gémeos que se odiavam, e que duravam muitos meses, que era preciso ver todos os dias e acabavam sempre da mesma maneira. Mas ele lá continuava com a conversa das telenovelas, porque a mão do x via, a tia do y via, a avó também gostava de ver.

Confesso que já me andava a passar com a conversa das novelas, conceito que ele tinha dificuldade em compreender porque nas séries dos putos cada um dos episódios vale por si ao contar uma história do princípio ao fim.

Felizmente o Canal Panda deu uma ajudinha, repôs o Dartacão (versão de 1981), aos dias de semana das 19.00 às 19.30, e pronto: aquilo é uma verdadeira telenovela para putos (e mães). E agora, todos os dias lá estamos nós a acompanhar a história daquele cão atrevido (um bocadinho malcriado até), da sua Julieta e do malvado Cardeal Rechelião e seus acólitos. E não é que agora, mesmo a kms de distância, mantemos o nosso ritual: ele vê a “nossa” novela nos avós, eu em casa e depois lá estamos mais meia hora à conversa a comentar o episódio do dia.
E o bom da coisa é que para a semana já a vamos ver juntinhos outra vez.
Esta mãe está cheia de saudades do cheiro da sua cria!

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