15 de junho de 2011

No Zoo (antecipando o novo Governo)





Não gosto de engolir batráquios, aliás não gosto de batráquios. E sinto que vem lá bomba.

Sou profundamente escorpiónica, o que (para os mais cépticos nestas coisas esotéricas) significa que sou profundamente intuitiva. A primeira impressão sobre uma pessoa, raramente (ou nunca) é diversa daquilo que se vem a demonstrar ao longo do tempo.


Olho, tiro as medidas, apanho a essência. Gosto, não gosto, desconfio, duvido. Enfim… a primeira foto é o retrato fiel, profundo e visceral da pessoa que tenho à minha frente.



Na política a coisa é mais difícil: eles são (profissionalmente) polidos, trabalhados, mascarados, maquilhados, mas a essência, aquela do fundo dos olhos, está lá.




Bom, depois dos meus auto-elogios à minha capacidade de apreciação dos outros, centremo-nos na matéria deste post: não gosto do Dr. Fernando Nobre.



Não confio nele desde o primeiro instante, é falso, tem o olhar da sobranceria, do delírio de poder, de profunda necessidade de afirmação pessoal, é qualquer coisa quase animalesca: quer ser a qualquer custo um "macho alpha" mas mascara-se de um humilde e bom cordeirinho para lá chegar. Ser presidente da sua Organização já não lhe chega, as missões humanitárias já não o preenchem (e isto é muito estranho: o que pode ser emocionalmente mais gratificante para um médico (emocionalmente saudável) que cumprir in extremis a sua missão, salvar a vida de outros? Existirá desafio maior, mais gratificante, mais desafiador que este? Quase enfrentar Deus? Mas ele quer a luz dos holofotes, o conforto dos gabinetes, o prestígio que acha que lhe é devido.



Quando o PSD o aceitou como cabeça de lista por Lisboa, suspirei de desespero, mas ...quando vi que o negociado era a Presidência da Assembleia da República, suspirei de alivio, menos mal! Por mais prestigio que o cargo possa ter (?), o conteúdo parece-me inócuo, estilo prateleira dourada, afinal só se ia sentar no lugar mais alto da tribuna e dar ordem de fala aos senhores deputados, contar minutos, repreender os mais atrevidos, qual mestre escola dos de antigamente (daí não poderia advir grande mal). Já agora será o presidente que também manda tocar aquela campainha irritante para o inicio das sessões?


Mas parece que a malta do PP, (espertos que nem ratos), não o querem lá, e então o senhor vai ter de ser … ministeriável. E aí a porca troce o rabo… ai torce, torce, porque qualquer das soluções que se anuncia na comunicação social será sempre desastrosa.



E tal ( a ser verdade) será fatal, neste país e neste governo onde existe "margem 0" para cometer erros! Não serei uma “velha do Restelo”, mas sei, e não é preciso ser muito intuitiva, mas apenas medianamente inteligente, para saber que a coisa não vai correr nada bem!


Qualquer que seja o Ministério vão por um elefante numa loja de cristais.

1 comentário:

leitanita disse...

Concordo! Até já estou arrepiada!