Ainda não descobri o encanto desta nova forma de conduzir em Lisboa.
Acho diferente e perigosa, mas acredito que quem decidiu que assim deveria ser tem alguma consciência cívica…e pensou em combater o tédio da condução lisboeta.
Primeiro andamos a uma velocidade aceitável, digamos, normal, como sempre fizemos até aqui, depois, quase, quase, em cima dos novos radares, travamos bruscamente para o ponteiro descer para os 50km/hora, e evitar a famigerada multa, logo, logo a seguir aceleramos a fundo para recuperar o tempo perdido com a travagem, e assim percorremos a cidade entre a velocidade imposta por um cortejo fúnebre e a mais louca corrida de todos os tempos.
Confesso que nunca antes tinha andado, nem tão depressa, nem tão devagar na cidade.
Por este andar os parques temáticos vão ficar às moscas, porque esta nova forma de conduzir trás emoções (sobretudo quando o carro da frente teima em travar um pouco antes do esperado) e enjoos que cheguem…. Tudo isto aumenta exponencialmente no radical percurso da Avenida de Ceuta, onde ao radar e às consequentes aceleradelas acrescem, logo em seguida, umas paredes de escalada em forma de bandas sonoras que nos obrigam a reduzir para 10 km/h para as conseguirmos transpor sem o nosso cérebro abanar, então a coisa fica mesmo radical, porque depois é preciso acelerar ainda mais!
Nem sei como conseguimos viver e conduzir tantos anos na cidade sem esta torrente de emoções…
Nem sei como conseguimos viver e conduzir tantos anos na cidade sem esta torrente de emoções…
2 comentários:
Porra pá, é a isto que eu chamo sintonia...
Fascinante e assustador.
Regresso de férias, vou de taxi para casa, apetece-me falar dos radares e a ti também.
Um grande abraço.
Olá! bem regressado! já estava a ficar preocupada. O ultimo post anunciava o regresso a 20, e no dia 21 ainda não havia novo post. Já vi que correu tudo bem, até a viagem de taxi para casa.:)
Abraço
Enviar um comentário