14 de setembro de 2007

Os meus novos heróis

Eram cerca de dez homens e parecem ter pensado em todos os detalhes antes de iniciarem o assalto à agência do Banco do Brasil em Buriticupu, no Sudoeste do Maranhão. Primeiro passaram na esquadra da polícia e fizeram refém uma escrivã e depois, quando saíram do banco, espalharam dinheiro pela rua e conseguiram fugir à vontade, sem serem sequer perseguidos. Mesmo tendo de empurrar o carro utilizado na fuga, que não queria pegar.
De acordo com o site brasileiro «Terra», os assaltantes estiveram dentro da agência bancária cerca de uma hora e saíram com o dinheiro e cinco reféns, entre os quais o gerente do banco.
Foi nesta altura que lançaram dinheiro ao ar, para surpresa e entusiasmo dos populares que estavam perto, que começaram a juntar as notas. Segundo o mesmo site, funcionários do banco disseram ainda que alguns moradores entraram na agência para apanhar moedas que os assaltantes deixaram espalhadas pelo chão.
Os reféns foram libertados a 50 km da cidade. A Secretaria de Segurança do Maranhão enviou um helicóptero da capital São Luís e polícias das cidades de Imperatriz e Pindaré para ajudar nas buscas, já que a delegacia de Buriticupu possui apenas oito polícias.

In Portugal Diário


Estamos em maré de assaltos a bancos. Por cá fazem-se algumas tentativas, mais ou menos frustradas, mais ou menos perigosas, mais ou menos atrapalhadas, mas decididamente sem laivo de humor ou estratégia, certamente graças a esta eterna mania lusa de fazer tudo “em cima do joelho”.

Para quem, como eu tem uma forte simpatia por justiceiros rebeldes, tipo Robim dos Bosques e Zorro (o melhor é não enumerar mais nenhum para não dar azo a discussões políticas profundas para as quais ando sem paciência) e inveja profundamente todos os grandes assaltantes da História (sobretudo os que não foram apanhados), estes organizados e bem-fazentes brasileiros são os meus novos heróis. Quem dera ser uma dos dez de Buriticupu….

Sem comentários: