4 de setembro de 2007

Síndrome pós-férias

Mudanças de humor, insónias, ansiedade, perda de apetite, nervosismo, cansaço, irritabilidade, tensão muscular, dores de cabeça e até vómitos. Estes são alguns dos sintomas do chamado síndrome pós-férias que, por esta altura do ano, incomoda cerca de 35% da população activa. Mas há grupos que são mais afectados do que os outros: os trabalhadores com menos de 45 anos e sobretudo as mulheres sofrem mais com o regresso ao trabalho, conclui um estudo da Sociedade Espanhola de Medicina da Família e Comunitária.De acordo com Blanca Novella, porta-voz desta sociedade, as mulheres têm mais dificuldade em regressar à rotina porque isso implica conciliar, de novo, as responsabilidades familiares e laborais. Quanto ao facto de estes problemas afectarem mais os trabalhadores com menos de 45 anos, isso acontece, explica, porque é nesta idade que as pessoas têm mais expectativas sobre o tempo de lazer. Por isso, o regresso ao trabalho é mais doloroso.Apesar de tudo, "não será uma depressão", explica ao DN a psicóloga Ana Raquel Bastos. "Esta é uma situação indutora de stress porque há uma mudança de ritmos e há uma necessidade de adaptação ou de readaptação ao trabalho", diz esta psicóloga. "Além da regulação do ritmo biológico ao trabalho é normal que haja alguma ansiedade."Há quem comece a ter os sintomas já nos últimos dias de férias. O sofrimento, no entanto, não dura muito. Regra geral, a síndrome pós--férias não se prolonga por mais que uma ou duas semanas e é ultrapassado sem recurso a ajuda especializada. "As pessoas sabem que este é um momento perturbador mas ao mesmo tempo normal. É esperado que todos trabalhem e as pessoas sabem que têm de cumprir essas expectativas", acrescenta Ana Raquel Bastos.O problema maior, dizem os especialistas, é que as dificuldades neste período de adaptação podem de certa forma anular os benefícios obtidos nas férias, pelo que convém tomar algumas precauções.
Maria João Caetano, DN on-line


Há! então é isto que eu tenho: Síndrome Pós-Férias em estado agudo, pois já dura há algumas semanas. Será que existe a versão crónica?

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