8 de maio de 2009

Ele

Ele é um companheiraço.
Ele não é daqueles simpáticos que ajuda em casa, ele faz pela vida, tal como eu. Ele partilha!
Ele assumiu o filho desde o primeiro minuto: fraldas, noites, biberões, banhos, antibióticos e pediatras. Ele cozinha (como ninguém! e 100 vezes melhor que eu), ele estende roupa, ele aspira, ele vai às compras, ele trata do terraço, ele pendura quadros, ele arranja torneiras, ele pinta paredes, ele lava os vidros, ele lava os carros e vai pôr-lhes gasolina (coisa que eu não faço). Enfim, poder-se-ia dizer que é um homem XXI, civilizado, inteligente, de cabeça arrumada, sei lá …quase um nórdico.
Mas (esta estória tem um mas), ontem (re)descobri a sua latinidade … quando depois de semanas e semanas reclamei e lhe pedi para chegar a casa pelo menos antes da 19.30h, para fazer um jantar aceitável (que eu e o puto já não aguentamos mais a minha comida) e tratar do puto que eu tinha que estudar, ele lá conseguiu escapar a uma reunião tardia, agendando-a para hoje de manhã. Mas (aqui está o mas) durante o jantar na conversa descobri que ele estava ali connosco porque usou o “famoso argumento” que tinha que ir buscar o meu carro à oficina que fechava às 19.30h e não com a verdade de que tem uma família com a qual não jantava em casa à quase um mês e que precisava de tomar conta do filho. Eu sei que é preciso saber viver, eu sei que ele estava ali, mas deitei-me com este incomodo na alma, esta desilusão… pode ser disparate, mas fiquei magoada!

Que raio de cultura é esta em que é aceitável sair do trabalho depois de lá estar mais de 10 horas para ir buscar um carro á oficina e não por se ter compromissos familiares!
E ele alinhou no esquema…

7 comentários:

vera disse...

Queixa-se ela de barriga cheia.....

leitanita disse...

Ela tem tendencia para esquecer o sitio onde ELE trabalha!
Raios da mulher, nunca está satisfeita!

leitanita disse...

Já agora um grande VIVA para o meu compadre!

Brisa disse...

Infelizmente, é mesmo assim na vida real...
(mas lá que tens uma sorte em ter um "sócio" bom cozinheiro... ai o meu cotovelinho a inchar que nem um doido...!)

Missanguita disse...

Talvez porque vivemos num mundo em que as coisas são amadas e as pessoas usadas.... em vez de ser ao contrário...
A família pode esperar, viver sem o carro é que não, é o que algumas cabeças pensam... e infelizmente são essas as cabeças que mandam...

Unknown disse...

Pois...
E se fizer um lanchinho para entreter? até ele regressar a casa, e fazer o jantarinho??
É só uma ideia!
Fui!

Xanuca B disse...

Amigas, eu sei onde o gajo trabalha, eu sei que ele cozinha bem, ue sei mais uma série de coisas mas custa-me a engolir o raio do argumento, pela sua estupidez e pela sua machicidade (?) [ups, será que acabei de inventar uma palavra!!]