27 de maio de 2009

Pela Alexandra

Peço a todas as farmácias da cidade de Guimarães e arredores que recusem veementemente a venda de quaisquer ansiolíticos, antidepressivos, tranquilizantes ou soporíferos, ainda que com receita médica, aos eminentes juízes e juízas do Tribunal da Relação de Guimarães.

Quem toma determinadas decisões deve viver com o seu peso na consciência, deve ter insónias, deve deprimir, deve ter vergonha de se olhar no espelho, deve ficar impotente ou frígida, mas sobretudo deve estar bem lúcido(a) para reconhecer as consequências brutais dos seus erros.

Já agora senhores taberneiros de Guimarães, nem um copo três, nem uma gota do garrafão, para esses senhores e senhoras meritíssimos juízes. Nem pelo álcool se deverão poder alienar desta realidade.

E senhores Ministros que tutelam os tribunais, os serviços de estrangeiros, a segurança social e as comissões de protecção de menores, não venham agora sacudir a água do capote e assobiar para o lado…os senhores também são responsáveis pela situação da Alexandra, se não por acção, certamente por omissão.

[E que tal um pedido de desculpas público a todas as mães e pais deste país que amam e protegem e cuidam os seus filhos do coração, e a assumpção de que cometeram um erro terrível que jamais poderá ser corrigido.]

4 comentários:

Unknown disse...

Assino por baixo!!!!
... porque sei o que vou assinar!!!!
Conte comigo, amiga Mãe!
jinho
Lena

Brisa disse...

Fiquei incrédula quando vi essa notícia no telejornal. Afinal, sempre era verdade o que ouvira algures numa conversa no café. E dizem esses senhores juízes que sentenciaram de acordo com o que é melhor para a criança... Nem tenho palavras.

(BTW... já te enviei um email sobre o tal assunto :) :)

António disse...

A língua portuguesa é a minha Pátria.

Alexandra nasceu em Portugal e só fala português.

Envia-la para a Russia foi um acto de xenofobia.

Anónimo disse...

OLá.
Já vi que é defensora dos direitos das crianças,uma vez que se insurgiu contra a entrega absurda da Alexandra.
Temos um caso em Portugal,igualmente escandaloso,Esmeralda!
Diziam os antigos, e sabiamente: “parir é dor, criar é amor”.

A Esmeralda sabe muito bem o que significa a palavra amor. Felizmente, e apesar das suas origens tão atrapalhadas, foi abençoada pelo amor e carinho de um casal, a que o destino roubou a possibilidade de gerar um filho natural.

E esse casal, antes de algo mais, entregou-se à missão de a criar, amar e educar, tarefas que nunca hesitaram aceitar, confrontados pela situação duma menina em dificuldades por uma mãe sem posses e abandonada pelo pai que só o quis ser depois de chamado pelas autoridades.

Agora, estão a tirar à Esmeralda esse amor que conheceu desde sempre, o único que durante muito tempo lhe quiseram dar, o único que conheceu, mas também o maior, o completo, o total.

Sabendo do passado desta menina, que conheceu um pai e uma mãe, uma família, um projecto de vida …

- Poder-se-á acreditar na transformação radical que alguns dizem que assumiu?
- Como é que esta menina viverá, forçada a ignorar a mãezinha e o paizinho?
- Como é que esta menina pode ser feliz apagando todas as memórias boas que viveu?
- O que é que se está a fazer com esta menina?
- Como é que alguém pode avaliar o bem estar da Esmeralda numa situação de ruptura total como a que está a acontecer por estes dias?
- Estar-se-á a castigar esta menina, condenando-a a pagar com sofrimento uma pena que querem aplicar aos pais afectivos?
MENSAGEM DE ALERTA PARA QUEM DE DIREITO:

Não tendo possibilidade de avisar alguém com poder de decisão sobre a vida da menina Esmeralda e tendo conhecimento deste blogue onde verdadeiramente se desfiam as preocupações genuínas com esta menina, solicito a vossa atenção para algo que configura uma realidade muito triste nada parecida com a que ela viveu até aos 7 anos.

Sei que este não é o género de comentário que a vossa Direcção aprecie mas estou verdadeiramente indignado e incapaz de silenciar algo que carregará de certeza consequências para esta criança.

Esta menina que vocês muito carinhosamente tratam por Princesa é mais uma gata borralheira. Não posso aceitar o que os meus olhos têm vindo a observar de algum tempo para cá.

Peço-vos, se verdadeiramente pensam nesta menina, publiquem o meu comentário que espero seja esclarecedor e comprovativo de muita coisa que se fala à boca pequena e prova que onde há fumo há fogo, ou antes, muita miséria.

Na passada quinta vi a família Nunes sair toda muito bem arranjada. Segundo uns vizinhos falaram iam para o Tribunal. Arranjados bem demais em oposição à trsite figura como apresentam a criança todos os dias.

E a menina que sai para a escolinha tão mal arranjada? Ainda ontem a vi sair com umas calças de ganga enormes com uma dobra na bainha quase até aos joelhos. E a menina anda com sapatos que têm um número maior que o que ela calça.

Esta menina que víamos sempre tão arranjadinha nas revistas e nos jornais anda numa pobreza, mas de desmazelo, que até dói. Presumo que tenha crescido e não tenha havido dinheiro para lhe comprar roupas. Ela anda a vestir roupas usadas que nâo têm tamanho apropriado para ela.

Dona Aidida, Senhor Luís, Dona Adelina, Senhora Doutora Juíza, Doutora Ana Vasconcelos, Senhora Professora, Amigos e Conhecidos,

Aquela família deve estar a passar por grandes dificuldades financeiras. Só assim posso entender a figura em que apresentam a criança. Será que nãopensam que os vizinhos todos conhecem aquela vida de cor e salteado. Sempre foi assim, uma grande miséria.

Entendam este comentário não como um ensaio de maldicência mas um apelo a quem de direito que entenda duma vez por todas que esta situação não pode continuar assim. Esta menina se ainda não está a sofrer vai sofrer muito.

Já pensaram como ela se sentirá na escola ao pé das outras colegas?