È moda, é bem, as próprias mulheres, desprimorarem o 8 de Março, porque nós superiormente e culturalmente ocidentais, já temos isto, e aquilo e aqueloutro, e afinal já nada há que justifique o folclore deste dia. Os direitos estão conquistados e a conversa fica arrumada por aqui.
Não penso assim, ainda que despense o folclore o "dia da mulher" continua a fazer todo o sentido, e fará sempre, enquanto uma de nós continuar desempregada por responder numa entrevista de emprego que pensa ser mãe, enquanto uma de nós ganhar um salário inferior para a mesma função, enquanto uma de nós for humilhada e assediada só por ser mulher, enquanto uma de nós for excisada para lhe roubarem o prazer de ter prazer, enquanto uma de nós for batida por ser mais fraca fisicamente, enquanto uma de nós for tratada como um objecto, enquanto cada uma de nós não for capaz de exigir o respeito que lhe é devido.
Este não é um dia para receber flores e beijinhos, deve ser um dia para a reflexão (pessoal ou partilhada) da qualidade da nossa vida desgastadamente plural e deve permitir que todos(as) (incluindo nós) reconheçam as nossas idiossincrasias e a genialidade da nossa diferença.
Não penso assim, ainda que despense o folclore o "dia da mulher" continua a fazer todo o sentido, e fará sempre, enquanto uma de nós continuar desempregada por responder numa entrevista de emprego que pensa ser mãe, enquanto uma de nós ganhar um salário inferior para a mesma função, enquanto uma de nós for humilhada e assediada só por ser mulher, enquanto uma de nós for excisada para lhe roubarem o prazer de ter prazer, enquanto uma de nós for batida por ser mais fraca fisicamente, enquanto uma de nós for tratada como um objecto, enquanto cada uma de nós não for capaz de exigir o respeito que lhe é devido.
Este não é um dia para receber flores e beijinhos, deve ser um dia para a reflexão (pessoal ou partilhada) da qualidade da nossa vida desgastadamente plural e deve permitir que todos(as) (incluindo nós) reconheçam as nossas idiossincrasias e a genialidade da nossa diferença.
2 comentários:
Não acho que seja por moda... é mais a perspectiva de que dia da mulher deveria ser todos os dias. Não nos deviamos permitir uma discriminação disfarçada de feriado (até a Ponte Vasco da Gama estava iluminada) para depois nada mudar. Não é o 8 de Março que deve ser celebrado, mas sim todos os dias do calendário. Não é só neste dia que a mulher deve ser vista e sentida como a criatura maravilhosa que é, mas todos os dias. Parece-me a mim que num mundo em que há dois sexos, ao celebrarmos um dia só nosso, todos os outros não o são.
M, não posso estar mais de acordo não é de folclore que precisamos, nem de flores, nem de beijinhos, nem de discursos de circunstância,nem de pontes iluminadas, precisamos é de direitos efectivos e reais porque de obrigações já estamos cheias, todos os dias!
bj
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